“Cidadão precisa conhecer os posicionamentos do político que elegeu”, diz Vanderlan sobre voto secreto
15 janeiro 2019 às 08h45

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Senador eleito por Goiás criticou decisão do STF que determinou sigilo na votação para a presidência do Senado

O senador eleito Vanderlan Cardoso (PP) comentou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que derrubou uma liminar do ministro Marco Aurélio Mello e determinou que a escolha para a presidência do Senado, em 1º de fevereiro, seja realizada com voto fechado.
“O voto tem que ser aberto. É fundamental que haja transparência na atuação parlamentar e o cidadão precisa conhecer os posicionamentos do político que ele elegeu. Mas é necessário que haja prudência para que isso não se torne uma forma de outros poderes interferirem nas decisões do legislativo”, afirmou Vanderlan.
O senador eleito lembrou que a Casa tem voto aberto para a escolha da Comissão Especial de Impeachment e ordem de prisão expedida para senador, o que ele considera um grande avanço para a sociedade.
“Mas considero importante ressaltar que os poderes precisam ser independentes para funcionar adequadamente em uma democracia. Essa definição de voto para presidente é uma prerrogativa do Senado Federal e não pode ser mudada por decisão do Executivo ou do Judiciário. É fundamental que se respeite o regimento interno da Casa”, defendeu Vanderlan.
Corrida pela Presidência
O futuro senador também falou sobre o projeto do PP de lançar candidatura própria para a presidência do Senado. Ao Jornal Opção, ele defendeu a alternância de poder e a necessidade de novos ares para o comando da Casa.
“Pensando nisso que nós, do PP, temos um candidato que é muito capacitado e nunca presidiu a Casa. Optamos por apoiar o senador Esperidião Amim, que é professor universitário, foi prefeito, governador, deputado federal e senador”, finalizou Vanderlan.
Também disputa a presidência da Casa de Leis, o senador Renan Calheiros (MDB). Apesar de ter se envolvido em escândalos, como a Operação Lava-Jato, ele é apontado como favorito na disputa que ainda tem nomes como Major Olímpio (PSL), Simone Tebet (MDB-MS), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Davi Acolumbre (DEM-AP) e Alvaro Dias (Podemos-PR).