Cicloativistas preparam manifestação em solidariedade a ciclista atropelado em Goiânia
26 julho 2017 às 13h06

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Comunicador João Henrique Pacheco está em coma induzido após acidente na ciclovia da Av. Universitária

Um grupo de cicloativistas se reunirá na próxima quinta-feira (27/7) em ato de solidariedade ao cineasta e comunicador João Henrique Pacheco, vítima de acidente enquanto pedalava na ciclovia da Avenida Universitária, na última segunda-feira (24/7).
Amigos do comunicador e integrantes do grupo de ciclismo Mantegas no Pedal se reunirão no Parque Areião amanhã às 20 horas e seguem em direção à Av. Universitária. “Vamos mandar boas energias para o João, para que ele se recupere o mais rápido possível, e também pedir maior visibilidade, buscar a sensibilização do motorista em relação ao ciclista no trânsito”, disse ao Jornal Opção Rodrigo Ungarelli, amigo de João Henrique e um dos organizadores do ato.
Na última segunda-feira (24), João Henrique foi admitido no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) com traumatismo craniano grave, após acidente no cruzamento entre a Avenida Universitária e a Rua 233.
João Henrique foi submetido a uma cirurgia na segunda-feira (24) e permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hugo em coma induzido. O estado de saúde dele é considerado grave.
Uma testemunha no local disse que ele estava no cruzamento entre a ciclovia e a rua e acredita que o ciclista possa ter sido atropelado por uma moto, pelo barulho da colisão. A família aguarda documentos do corpo de bombeiros para registrar boletim de ocorrência e, então, ter acesso às câmeras de segurança do local para saber o que realmente aconteceu.
“Ainda não sabemos ao certo o que aconteceu, mas como ciclistas, sabemos o que é não ter espaço na cidade, ser constantemente empurrado ou espremido, ser forçado a andar mais rápido do que consegue, sem falar nas ciclofaixas, que em Goiânia são meramente ilustrativas, não são respeitadas”, disse Ungarelli.
Os organizadores ressaltam que o ato é aberto para quem quiser participar e também serão bem-vindos pessoas que utilizem outros meios de transporte e alguns carros devem acompanhar o trajeto em baixa velocidade e pisca-alerta ligado. “A nossa ideia é promover uma convivência pacífica entre os diferentes meios no trânsito.
“Andar de bicicleta virou uma estresse, um medo. Não é possível que precise ser assim. Bicicleta não é só lazer, é o meio de transporte de muita gente. Precisamos ter nosso espaço e que ele seja respeitado”, completou.