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Motorista morto prestava serviços para a plataforma eventualmente. Conforme apurado, vítimas pertenciam a uma quadrilha que roubava drogas de outros traficantes

A Polícia Civil de Goiás apresenta nesta terça-feira (27/3) a conclusão do caso conhecido como a “chacina do Uber”, ocorrido em 7 de maio do último ano no Setor 14 Bis, na capital.

Seis pessoas que ocupavam um veículo, cujo motorista eventualmente prestava serviços para a Uber, foram abordadas pelos criminosos que estavam em outros dois automóveis. O motorista Wilther Douglas Dantas Leitão e os passageiros Murilo de Sousa Santana e Taynan Pereira da Silva morreram na hora.

A passageira Gabriela Sousa Paslandim foi atingida por cerca de dez disparos, porém sobreviveu. Leandro da Silva Lima e Patricia Raquel Gomes conseguiram escapar sem ferimentos.

Conforme apurado, os autores do crime são ligados a detentos da Penitenciária Odenir Guimarães, membros da facção criminosa Comando Vermelho, e cometeram o crime sob ordens do preso identificado como Cleidson de Santana Lopes, vulgo “Maninho”, um dos líderes da Ala B da unidade prisional de Aparecida de Goiânia.

As vítimas faziam parte de organização criminosa autointitulada “Conexão Jamaica”, conhecida pejorativamente no mundo do crime como “Ladrões de Boca”, uma vez que possuíam como modo de atuação o roubo de drogas de outros traficantes.

Uma semana antes do crime a quadrilha teria roubado uma carga de entorpecentes de “Maninho”. Diante disso, os autores resolveram armar uma emboscada contra as vítimas, simulando o interesse em vender drogas.

Leandro da Silva Lima conseguiu fugir, contudo foi morto quatro dias depois em Aparecida de Goiânia pelos mesmos autores.

Wilther Douglas Dantas Leitão, embora também usasse o veículo para serviços de Uber, não estava em corrida e era envolvido no mundo do crime, sendo normalmente a pessoa que dirigia nas ações criminosas do grupo.

Os autores da chacina chegaram a comemorar a morte do grupo com montagens e exibições das armas utilizadas no crime e outras roubadas das vítimas.