Filiado ao Mobiliza, Darô Fernandes afirmou que o “caminho aponta nessa direção” para apoiar Daniel Vilela (MDB) para o governo de Goiás em 2026. Segundo ele, o partido tem um bom diálogo, principalmente articulado entre Reginaldo Melo, presidente do partido em Goiás, e o filho dele, Rodrigo Melo.

Em entrevista ao Jornal Opção, Jaroslaw Daroszewski Fernandes – nome completo do político que tem descendência polonesa – elogiou o trabalho de Ronaldo Caiado (UB) como atual governador, a quem disse ter bastante admiração. Segundo ele, Caiado “moralizou a política goiana e transformou a segurança pública.” “Respeito também a história de Marconi Perillo; foram quase 20 anos de governo tucano com grandes feitos. Mas a tendência hoje é o Mobiliza caminhar com Daniel Vilela, que tem chances reais de vencer”, avalia.

Ainda sobre o governador, Darô afirma que o Mobiliza se mostra aberto a receber Caiado para disputar à Presidência da República, caso a candidatura não seja viabilizada dentro do União Brasil. “O Mobiliza Nacional colocou o partido à disposição de Caiado. Ele tem sonho legítimo de ser presidente e seria muito importante. Daria até para pensar em montar a chapa para a deputado federal, para o Senado. Mas isso eu acho que está distante hoje em dia, é algo muito distante, mas na política tudo pode acontecer”, destaca.

Segundo ele, 2025 foi um ano de reestruturação para a sigla. O partido atualmente conta com cinco vereadores eleitos: dois em Águas Lindas de Goiás, um em Formosa , um em Goiatuba e um em Aparecida de Goiânia. O objetivo, segundo ele, é montar a chapa para deputado estadual no próximo ano sem os chamados medalhões, que são aqueles que podem ser os grandes puxadores de votos. “Estamos montando a chapa para deputado estadual, sem figurões, sem pessoas com mandato, sem grandes desigualdades econômicas. Colocamos um teto de 16 a 17 mil votos para quem quer disputar e foram pessoas testadas nas urnas. Acreditamos firmemente que faremos dois eleitos. O partido está crescendo e 2026 será de aglutinação. Quem teve votos expressivos em 2024 ou 2022 terá espaço no Mobiliza”, reforça.

Durante a entrevista, Darô não descartou o interesse de ser candidato para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). “Gostaria de disputar? Gostaria. Mas não posso dizer que sou candidato. Primeiro, estou focado na advocacia. Se eu for candidato, preciso deixar a OAB, porque sou presidente de Comissão. Tenho prestado grande serviço à Ordem e aos meus clientes. Em 2020, passei meses fora do escritório e senti o impacto. Advocacia é profissão de confiança”, pontua o advogado formado em Direito pela Pontífice Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), com especializações em direito agrário e constitucional.

Questionado se não é arriscado demorar a tomar essa decisão, Darô afirma que “é uma vontade muito grande ser candidato, mas que não depende só disso.” “Uma campanha hoje para deputado estadual é muito difícil. Deputados têm emendas impositivas e conseguem fortalecer suas bases. Quem está fora do jogo precisa ter muito capital. Eu não sou de família rica. Uma campanha hoje custa de R$ 2 mi a R$ 5 milhões para ter chance real, para rodar o estado inteiro. Acompanhei vereadores que gastaram R$ 500 mil a R$ 1 milhão na capital. Alguns faziam campanha com estrutura de batedor, seguranças, apoiadores. Se você não tem dinheiro, não é outsider, nem tem grande presença nas redes sociais, é muito difícil. Mas não descarto ser candidato; estou apenas analisando com tranquilidade”, alega.

Darô Fernandes foi vice na chapa do ex-prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, que terminou em penúltimo lugar no pleito do ano passado ao concorrer à reeleição ao Paço Municipal. Para ele, houve uma vitória política pessoal, mesmo sendo um marinheiro de primeira viagem do tabuleiro eleitoral. “Sempre participei da política de forma coadjuvante, nos bastidores, assessorando parlamentares e deputados. Então, ter sido candidato a vice-prefeito foi muito importante. Participei de mais de 100 reuniões nas sete regiões de Goiânia. Consegui catalogar lideranças, candidatos, suplentes, e fiz um grande banco de dados que eu não tinha antes. Como advogado, essa vivência foi muito enriquecedora”, destaca.

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