CEI encontra materiais vencidos e falta de infraestrutura em unidades de saúde de Goiânia
22 dezembro 2017 às 18h05

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Vereadores fizeram diligências na UPA e no Cais do Jardim Curitiba

Os vereadores que integram a Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apura irregularidades na prestação de serviços de saúde no município, fizeram diligência em unidades de saúde do Jardim Curitiba nesta sexta-feira (22/12).
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Segundo o vereador Elias Vaz, relator da comissão, foram encontrados materiais vencidos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). “Foi encontrado uma caixa cheia de tubo endotraqueal e sonda de alívio vencido desde abril”, disse em entrevista ao Jornal Opção.
De acordo com ele, a população da região “reclama muito a falta de pediatra que atenda emergência”.
Em visita ao Cais, a falta de infraestrutura foi o que chamou a atenção dos vereadores. “Ali, a estrutura é deficiente, o esgoto está entupido, tem infiltração. A sala de farmácia não tem condições de funcionamento”, declarou Elias.
Deficientes
Os vereadores da CEI disseram que vão ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) denunciar a falta de atendimento odontológico para crianças com deficiência neurológica em Goiânia.
A situação foi levantada pelo vereador Elias Vaz. Segundo ele, mais de 100 crianças com idades entre zero e 12 anos aguardam na fila para serem atendidas. “A situação é grave porque são crianças que especiais que tem sofrido com a falta de atendimento”, disse.
Crianças que apresentam comprometimento neurológico, como microcefalia, paralisia cerebral, síndrome de Down ou autismo, precisam de anestesia geral para passar por qualquer procedimento odontológico, o que só pode ser feito em ambiente hospitalar. “A prefeitura de Goiânia não possui parceria com nenhum hospital para realizar esse tipo de tratamento”, ressaltou o vereador.
Os vereadores também vão informar o caso à Defensoria Pública do Estado para que eles entrem com uma Ação Civil Pública em defesa das crianças. “A prefeitura de Goiânia também será notificada para que medidas emergenciais sejam tomadas e as crianças voltem a receber atendimento odontológico. Essa situação é absurda e cruel para com essas crianças e não pode persistir”, conclui Elias Vaz.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e a matéria será alterada assim que obtiver resposta.