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Formalizada com euforia em agosto, durante convenção em Brasília, a federação União Brasil e Progressistas, ou ‘União Progressista’, como foi batizada, corre risco de morrer antes de efetivamente nascer. Em entrevista ao Jornal Opção na última quarta-feira, 8, o governador Ronaldo Caiado (UB) afirmou que a situação atual da federação é a do “modo de espera”, ou “stand by” – termo usado pelo goiano, e que ainda não há definição sobre seu futuro.

“A situação da federação está numa posição de ‘stand by’. Está aguardando, não tem nada que possa definir, hoje, se será convalidada ou não será convalidada”, disse.

Perguntando se pode acontecer de a federação ser extinta e UB e PP seguirem seus caminhos fora da aliança, Caiado foi categórico: “Pode, lógico que pode”.

O clima antes amistoso entre os dois partidos parece ter começado a mudar após as recentes movimentações e falas do presidente do PP, o senador Ciro Nogueira.

Leia também: Caiado diz não ter motivos para sair do União Brasil e que deve ser o candidato do partido em 2026

Em entrevista concedida a um veículo de imprensa nesta semana, o parlamentar disse que os únicos caminhos viáveis para a direita em 2026 são Tarcísio de Freitas e Ratinho Júnior, nomes que, segundo ele, o ex-presidente Jair Bolsonaro já teria escolhido como cotados para disputar a presidência com seu apoio.

A declaração expôs uma suposta articulação por parte de Nogueira: levar a federação UB-PP para caminhar com Tarcísio (que ainda insiste que será candidato à reeleição ao governo de São Paulo) em troca de ser indicado para a vice em sua chapa em uma possível disputa ao Planalto.

Acontece que o UB, apesar de ainda não ter batido o martelo, tem dado sinais de que deve ter Caiado como seu candidato em 2026 na corrida presidencial. Também ao Jornal Opção, o governador de Goiás afirmou que a legenda “não está tutelada” a Ciro Nogueira e que as possíveis intenções eleitorais do senador não mudam seus projetos políticos.

“O partido tem consciência que eu sou o candidato e tem me respaldado, e como tal eu estarei dentro daquele que é meu partido. Não tenho nenhum motivo para me afastar do meu partido. Não tenho motivo de tomar nenhuma decisão, já que minha estrutura está dentro do União Brasil”, concluiu o governador.