Caiado diz não ter motivos para sair do União Brasil e que deve ser o candidato do partido em 2026
Ton Paulo
08 outubro 2025 às 20h43
COMPARTILHAR
Em entrevista exclusiva ao Jornal Opção nesta quarta-feira, 8, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, disse não ter motivos para deixar seu partido, o União Brasil, e que tem o respaldo da legenda para sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto em 2026. “Devo ser o candidato pelo União Brasil em julho do ano que vem”, garantiu.
A declaração vem após voltar a circular a informação de que o goiano estaria em diálogo com outros partidos, como o Solidariedade, o Podemos e o PRD, e considerando a possibilidade de deixar o União Brasil caso não encontre espaço na legenda para seu projeto eleitoral.
O rumor ganhou tônus com uma entrevista recente do senador e presidente do PP, Ciro Nogueira – partido que se confederou com o União Brasil -, em que ele disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro “já escolheu um nome e só há duas alternativas viáveis” para a corrida presidencial: Tarcísio de Freitas ou Ratinho Jr.
O senador foi alvo de críticas sobretudo da ala bolsonarista, que o acusou de “assumir sem procuração” o status de porta-voz de Bolsonaro. Nogueira também foi criticado por outras alas direitistas por excluir nomes que são fortemente cotados para serem o candidato da direita em 2026, como Romeu Zema e o próprio Caiado.
Nos bastidores, corre a informação de que o presidente do PP estaria articulando para tentar levar a federação UB-PP para caminhar com Tarcísio de Freitas, em troca de ser indicado para a sua vice.
No entanto, Caiado destacou que, apesar da federação, o União Brasil age com independência e “não é tutelado e nem mandado por Ciro Nogueira”. “Então essa ânsia dele em querer ser [candidato a] vice-presidente não afeta em nada a minha posição partidária”, afirmou.
“O partido tem consciência que eu sou o candidato e tem me respaldado, e como tal eu estarei dentro daquele que é meu partido. Não tenho nenhum motivo para me afastar do meu partido. Não tenho motivo de tomar nenhuma decisão, já que minha estrutura está dentro do União Brasil”, concluiu o governador.