Em entrevista nesta terça-feira, 9, o governador Ronaldo Caiado (UB) revelou ter recebido uma ligação do senador Flávio Bolsonaro (PL) no último sábado, 6, um dia depois ele ser anunciado como o nome escolhido por Jair Bolsonaro, seu pai, para disputar a eleição presidencial em 2026. No contato por telefone, Caiado disse ter ouvido do parlamentar que ele seguirá com o projeto demandado pelo ex-presidente, sem chance de desistência.

“Ele me disse ‘Olha, Caiado, minha posição está colocada. Eu irei até o fim’. Eu falei ‘Sem dúvida alguma, eu acho que você tem todo o direito, tem o apoio de lideranças no Brasil todo e você tem que se colocar como pré-candidato mesmo'”, revelou o governador.

O chefe do Executivo estadual falou sobre sua boa relação com Flávio Bolsonaro, e lembrou que tem defendido já há algum tempo que haja várias candidaturas da direita no primeiro turno, para que um nome chegue forte contra Lula no segundo. Uma candidatura única, avalia o goiano, é “aquilo que o PT quer”.

“Meu relacionamento com o Flávio Bolsonaro é extremamente respeitoso, é de boa convivência. Eu não tenho dificuldade alguma com ele. Tanto é que ele teve a gentileza de me ligar. Eu falei ‘Rapaz, vamos tocar. Você toca daí, eu toco de cá'”, contou Caiado, se referindo às suas pré-candidaturas à presidência da República.

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Ronaldo Caiado foi o primeiro entre os governadores da direita a lançar a pré-candidatura ao Planalto, o que aconteceu em um grande evento em abril deste ano, em Salvador, na Bahia. Desde então, o gestor fez acenos na direção do bolsonarismo ao mesmo tempo em que enfatizou que seu projeto não dependia do aval de Jair Bolsonaro.

Na última semana, quando foi confirmada a informação de que o ex-presidente, de dentro da cadeia (ele cumpre pena por planejar e tentar um golpe de Estado), escolheu Flávio para 2026, Caiado divulgou uma nota na qual disse que Bolsonaro tinha o direito de buscar a viabilidade da candidatura do filho, mas reforçou seguir pré-candidato.

“Estou convicto de que no próximo ano vamos tirar o PT do poder e devolver o Brasil aos brasileiros”, escreveu.