O brasileiro Gustavo Saldanha, de apenas oito anos, entrou em 2021 para a Mensa International, sociedade que reúne pessoas com os maiores quocientes de inteligência do mundo. Com QI de 140, ele se tornou o mais jovem brasileiro aceito na instituição e passou a figurar entre os 2% mais inteligentes da população mundial.

A Mensa, fundada em 1946 no Reino Unido, exige comprovação em testes padronizados de QI para admissão. No Brasil, os exames são organizados pela Mensa Brasil, com acompanhamento de psicólogos especializados. Casos de ingresso tão precoce são raros até em nível internacional.

Segundo a família, Gustavo já demonstrava habilidades cognitivas fora da média na educação infantil. Aos sete anos, lia textos avançados e resolvia problemas matemáticos complexos. Testes psicológicos confirmaram o QI de 140, que lhe abriu as portas da Mensa.

O reconhecimento atraiu universidades, que ofereceram bolsas de estudo integrais para cursos de graduação, mesmo antes de ele concluir o ensino fundamental. Apesar da idade não permitir matrícula imediata, a oferta é vista como um símbolo do potencial do jovem.

O caso reacende o debate sobre a falta de políticas públicas no Brasil para alunos superdotados. Estima-se que cerca de 5% dos estudantes apresentem altas habilidades, mas apenas uma pequena parcela recebe acompanhamento específico.

Especialistas alertam que, além do avanço acadêmico, é necessário garantir apoio emocional e social para crianças superdotadas, que muitas vezes enfrentam isolamento.

No cenário internacional, outros prodígios também ganharam repercussão, como o belga Laurent Simons, que iniciou engenharia elétrica aos nove anos, e o americano David Balogun, que entrou na faculdade aos dez. No Brasil, casos como o de Caio Temponi (aprovado em vestibulares aos 14) e Lucca Aragão (ingresso em Matemática aos 12) também são destaques.

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