Brasil perde duas posições e é 6º pior colocado em ranking mundial de competitividade

19 junho 2024 às 13h43

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O Brasil caiu para a 62ª posição no Ranking Mundial de Competitividade de 2024, que avalia 67 países. Este ranking, elaborado pelo International Institute for Management Development (IMD) e pela Fundação Dom Cabral (FDC), analisa fatores como crescimento econômico, bem-estar social e infraestrutura.
Apesar de seu tamanho e riqueza, o Brasil continua entre os piores colocados, principalmente devido à baixa eficiência empresarial e governamental. A falta de investimento em produtividade, inovação e tecnologia é destacada como um dos principais problemas do país.
Os fatores do Ranking Mundial de Competitividade são compostos por subfatores, nos quais o Brasil frequentemente ocupa posições baixas. Em “educação em gestão” e “habilidades linguísticas”, o Brasil está na última posição (67ª).
Outros subfatores importantes, como “mão de obra qualificada” e “educação nacional”, também apresentam desempenho ruim, ocupando a 65ª e 66ª posições, respectivamente.Segundo Hugo Tadeu, líder da pesquisa no Brasil, focar apenas no PIB é insuficiente para o progresso. Ele destaca que o país precisa investir em inovação e conhecimento, especialmente para aproveitar o potencial da energia verde, onde o Brasil é o 5º melhor no ranking.
O ranking, cuja análise no país foi feita em parceria com a Fundação Dom Cabral, apresenta ainda a colocação dos países em quatro categorias, nas quais o Brasil ocupa as seguintes posições:
- Performance econômica: 38º
- Infraestrutura: 58º
- Eficiência empresarial: 61º
- Eficiência governamental: 65º
Para cada categoria, é possível também observar o resultado do país em algumas subcategorias. Nas de infraestrutura, o país aparece nas seguintes colocações:
- Científica: 39º
- Saúde e meio ambiente: 46º
- Básica: 59º
- Tecnológica: 60º
- Educação: 64º
Baixo nível de criatividade
Mais da metade dos estudantes brasileiros de 15 anos apresentou baixo nível de criatividade na resolução de problemas sociais e científicos, segundo a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que avaliou 56 países. O Brasil ficou em 44º lugar. Esta foi a primeira vez que a avaliação internacional de educação incluiu questões sobre criatividade. No Brasil, 54,3% dos alunos mostraram baixo nível de criatividade. A prova do Pisa 2022 também avaliou habilidades em matemática, leitura, identificação de figuras geométricas, interpretação de textos e criatividade em escrita e arte.