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Ministro cita queda no número de contaminações e chegada da vacina como fatores para o otimismo

Paulo Guedes reforçou o discurso favorável ao teto de gastos no país| Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

De acordo com o Ministro da Economia Paulo Guedes, o Brasil está oficialmente saindo da recessão. A fala se deu na cerimônia virtual do 39º Encontro Nacional do Comércio Exterior (Enaex), nesta sexta-feira, 13.

O argumento utilizado para o otimismo de Guedes seria a queda no índice diário de contaminações no País e a provável chegada de uma vacina contra a Covid-19. “O Brasil está conseguindo combater a doença. Isso é um fato que está acontecendo do lado da saúde. Do outro lado, da economia, é um fato que o Brasil está saindo da recessão”, enfatizou.

Para o ministro, o governo tem cerca de um ano e meio para transformar a retomada da economia em crescimento sustentável. “Em vez de uma onda de consumo, em uma forte recuperação cíclica, o desafio é transformar isso na ampliação da capacidade produtiva” argumenta Paulo Guedes.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado nesta sexta-feira, 13, aponta para um crescimento de 9,47% da economia no terceiro trimestre, em comparação com o segundo semestre. Em setembro, o índice aumentou 1,29%, comparando com agosto. Em relação ao terceiro trimestre do ano passado, foi registrada queda de 3%. Em 12 meses encerrados em setembro, houve retração de 3,32%.

Empregos

Paulo Guedes destacou a criação de 300 mil empregos no mês de setembro, em um ritmo que, segundo ele, seria difícil de manter posteriormente. O ministro lembrou que, em anos anteriores de crise, as perdas de emprego foram maiores no que na atual.

Neste ano, até setembro, a perda chegou a 550 mil postos de trabalho, contra 650 mil na recessão de 2015 (de janeiro a setembro) e 687 mil em igual período de 2016.

Por fim, Guedes também voltou a defender o controle das contas públicas, por meio do teto de gastos. “Não vamos aumentar impostos, então precisamos do controle de gastos”, disse. A restrição de gastos, para o ministro, seria uma forma do Governo Federal barrar a “irresponsabilidade com as finanças públicas”.

Vale lembrar que os salários de funcionários públicos foram congelados para 2020 e 2021, tendo como justificativa o enfrentamento da crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus.

[Esta matéria conta com informações da Agência Brasil]