Pré-candidato ao governo de São Paulo até ontem, 20, o segundo colocado nas eleições de 2020, quando foi derrotado por Bruno Covas

Em meio às conversas sobre o PSOL e a Rede Sustentabilidade fazerem uma federação partidária, o segundo colocado nas eleições para a Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) desistiu de se candidatar ao Governo de São Paulo. A desistência, segundo ele, é para “fortalecer a unidade da esquerda”, para derrotar o PSDB e o Bolsonarismo. Agora, ele quer ajudar a construir uma grande bancada da esquerda no Congresso Nacional. Inclusive, Boulos pretende derrotar o filho do presidente da Jair Bolsonaro (PL), o deputado Federal Flávio Bolsonaro (PL), que foi o deputado paulista mais votado com 1,8 milhão de votos.  

“Vou ser candidato para fortalecer a nossa bancada [progressista], porque quem, na prática, governa o Brasil é o Centrão, e para revogar todos esses retrocessos, a reforma trabalhista, o teto de gastos. Nós vamos precisar de muita força no Congresso Nacional”, explica o político socialista, que fortalece não só o PSOL, como fortalece, também, a Rede Sustentabilidade, que deve se federar com a sigla. Segundo a porta-voz oficial da Rede, Heloísa Helena, é a tendência. Ela disse ao Jornal Opção que o intuito é que os partidos disponibilizem os melhores nomes para as candidaturas ao Congresso Nacional, como é o caso de Boulos; dela própria, postulante a Câmara Federal pelo Rio de Janeiro; e da ex-presidenciável Marina Silva (Rede), que deve concorrer a Câmara Federal justamente pela Federação que terá com o PSOL paulista.

Boulos afirma que pretende fortalecer o PSOL e contribuir para que o partido não só supere a cláusula de barreira como, também, amplie a bancada em Brasília. “O PSOL é um partido que tem pautas fundamentais para o Brasil e precisa ter mais visibilidade neste ano. O que está em jogo não é apenas ganhar uma eleição, o país está devastado e precisamos resgatar a esperança do povo. Precisamos eleger um Congresso Nacional que represente, de fato, os interesses da população. O desafio também é derrotar o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que foi o deputado mais votado em São Paulo”, diz o político, que recebeu 2,1 milhões de votos no segundo turno da disputa pela prefeitura de São Paulo