Bombeiros orientam moradores a evacuar em Caxias do Sul após tremor de terra

13 maio 2024 às 15h45

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Nesta segunda-feira, 13, moradores da Serra Gaúcha relataram tremores de terra durante a madrugada. A prefeitura de Caxias do Sul (RS) se pronunciou através de nota e disse que não há riscos para a população.
Por isso, o Corpo de Bombeiros da região orientou que os moradores deixem imediatamente suas casas em caso de rachaduras. Os responsáveis ainda estão verificando os relatos. Ao menos quatro bairros da cidade registraram o ocorrido: Jardim América, Universitário, Madureira e Pio X.
Os moradores afirmam, nas redes sociais, que as casas “chacoalharam” pelo menos três vezes. Segundo a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMMA), está ocorrendo uma acomodação de camadas rochosas subterrâneas. O excesso de chuva que recaiu sobre o sul do país nas últimas duas semanas pode acelerar esse processo.
De acordo com o Observatório de Sismologia da Universidade de Brasília (UNB), foram três tremores na Serra Gaúcha. O primeiro na cidade de Bento Gonçalves e os dois seguintes em Caxias do Sul, respectivamente, foram tremores de 2,4; 2,3 e 2,3 graus de magnitude.
Vítimas das enchentes
O número de mortos e desalojados pelo excesso de chuva no sul do país continua crescendo, infelizmente. Segundo boletim da Defesa Civil do Estado, o desastre causou 147 mortes.
Além disso, 538.241 pessoas estão desalojadas, 127 desaparecidas e 806 feridas. Ou seja, 2,1 milhões de pessoas foram afetadas, assim como 447 municípios. Atualmente, 79.540 pessoas estão em abrigos do estado.
Entretanto, o número de resgates bem sucedidos também cresce. Até o momento, resgataram com segurança 76.470 pessoas e 10.814 animais da tragédia.
Caxias do Sul
Na manhã de domingo, 12, a cidade registrou um deslizamento de terra que causou a morte de um homem. O caso ocorreu na Zona Norte, quando o deslizamento atingiu um prédio da Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca).
Um funcionário que trabalhava há 20 anos no órgão morreu, seu nome era Luciano Henrique Santos Lacava, de 49 anos. Segundo a administração municipal, ele chegou antes do seu horário rotineiro naquele dia e foi sofreu um soterramento. Um funcionário da segurança, Felipe Drum da Silva, também estava no local. Ele teve ferimentos leves e foi socorrido pelo SAMU.
Mais tarde, no mesmo dia, um segundo deslizamento destruiu a usina de asfalto do complexo. A prefeitura informa que ainda não tem uma previsão para a retomada do funcionamento da produção de asfalto.
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