Ao falar a seus apoiadores no “cercadinho” do Palácio do Alvorada, presidente volta a atacar quem lamenta a falta de prioridade do governo no combate à fome

Continua a disputa entre o fuzil e o feijão na cabeça de Jair Bolsonaro (sem partido). Nesta sexta-feira, 1º, o presidente Jair Bolsonaro voltou a tocar na celeuma com seus apoiadores no “cercadinho” do Palácio da Alvorada.

Ele disse que pessoas que fazem comparações entre a ampliação do acesso ao porte de armas e a fome deveriam dar “um tiro de feijão” ao ter a casa invadida por alguém.

“Vocês sabiam que Santa Catarina é o Estado que tem menor percentual de mortos por 1 milhão de habitantes e é o mais armado? Quanto mais arma, menos violência. O Lula acabou de dizer que ele vai desarmar o povo. Inclusive, a esquerda fala que a gente não come arma, come feijão. Quando alguém invadir a tua casa, dê tiro de feijão nele”, ironizou.

Veja o trecho do vídeo com o comentário do presidente:

Assim, em sua visão, Bolsonaro reitera seu próprio discurso de que todo brasileiro precisaria comprar uma arma, de preferência, um fuzil. Em agosto, ele já havia dito, também para seus seguidores: “Tem que todo mundo comprar fuzil, pô. Povo armado jamais será escravizado. Eu sei que custa caro. Aí tem um idiota: ‘Ah, tem que comprar é feijão. Cara, se você não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar’”.

Na época, políticos da oposição criticaram fala. Leia repercussão aqui.  Já na quinta-feira, 30, o presidente sentou-se ao lado de uma criança, vestida com a farda da PM de Minas Gerais, e apontou para o alto uma arma de brinquedo, que estava na mão da criança. A cena aconteceu durante um evento em Belo Horizonte.  “Eu estou com quase 70 anos. Quando eu era moleque, eu brincava com isso: arma, flecha, estilingue. Assim foi criada a minha geração e crescemos homens, fortes, sadios e respeitadores”, disse.

* Com informações do portal Poder 360.