Bolsonaro incitou revolta popular para decretar regime de exceção, acusa Paulo Gonet; vídeo

02 setembro 2025 às 12h25

COMPARTILHAR
Em julgamento do Núcleo 1 da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira, 2, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que declarações de cunho golpista de Jair Bolsonaro não podem ser confundidas com um arroubo isolado, mas expunham o projeto autoritário de poder. Em sustentação oral, o PGR, responsável pela acusação do Núcleo 1, afirmou que réus incitaram revolta popular para decretar regime de exceção.
O PGR afirmou que organização criminosa agiu com “método e organização para executar plano golpista”, mas que o golpe não se consumou por fidelidade das Forças Armadas. “O golpe tentado não se consumou pela fidelidade do Exército e da Aeronáutica, não obstante o desvirtuamento de alguns dos seus integrantes”, disse Paulo Gonet. “Todos esses acontecimentos descritos na denúncia estão confirmados pelas provas de que os autos estão refertos”, destacou durante sua argumentação pela acusação dos réus. “
Paulo Gonet, procurador-geral da República, acusou: “Está visto que em vários momentos houve a conclamação pública pelo então presidente da república Jair Bolsonaro de que a população não utilizasse as urnas eletrônicas sob ameaça de as eleições não virem a acontecer, bem como recorresse à resistência armífera contra seus resultados. Maquinaram-se insistentes campanhas de informações falsas sobre o processo eleitoral e magistrados que o dirigiam. Pretendia-se que os ânimos populares se voltassem contra o judiciário e contra os resultados de derrota nas urnas pressentidos, e afinal confirmados.”