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Presidente compartilhou vídeo de general Villas Boas afirmando que “nenhum país europeu tem autoridade para nos ensinar em como tratar do meio ambiente”

Bolsonaro teme apropriação estrangeira das terras amazônicas | Foto: Agência Brasil

Por meio do Twitter, Bolsonaro (PSL) compartilhou um vídeo em que o general Villas Boas conta sobre a época em que comandava a Amazônia e o exército foi avisado de que o rei da Noruega estava em uma aldeia indígena. Após autorizar as Forças Armadas a combater as queimadas na Amazônia Legal, o presidente lembrou a questão da soberania sob ameaça em pronunciamento em rede nacional. 

Recebido com panelaços, o pronunciamento oficial representou uma mudança de tom – do negacionismo dos problemas ambientais e auto declaração de ser o “capitão-motosserra” a reafirmação da soberania e apontamento de que queimadas ocorrem em outros país também, como a Bolívia. 

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Igor Gielow lembrou à Folha de São Paulo, nesta sexta-feira, 23, que o exército brasileiro há décadas tem hipóteses sobre estrangeiros cobiçarem a Amazônia: “Desde a ditadura (1964-85), tal preocupação ganhou contornos paranoicos. Obras foram escritas sobre interesses estrangeiros nos recursos naturais da região, e ações governamentais como abertura de estradas e exploração de garimpos abundaram. Se a ação de ONGs de fachada mapeando biodiversidade e riquezas minerais é algo aceito por observadores menos ativistas, a ideia de desmembramento da região em nome do internacionalismo nunca encontrou lastro na realidade”.