Bolsonaro é indiciado em inquérito das joias
04 julho 2024 às 19h25

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A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito das joias. A PF investiga se ele e ex-assessores se apropriaram indevidamente de joias dadas de presente quando ele era presidente. Bolsonaro foi indiciado por peculado, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Bolsonaro sempre negou irregularidades. Paulo Cunha Bueno, advogado do ex-presidente, disse que só vai se manifestar após ter acesso ao documento da PF. Além de Bolsonaro, outras 11 pessoas foram indiciadas sendo todas por associação criminosa, 7 por peculato, 9 por lavagem de dinheiro e 1 por advocacia administrativa.
Veja a lista de indiciados
- Bento Albuquerque, ex-ministro de Minas e Energia de Bolsonaro (peculato e associação criminosa);
- José Roberto Bueno Júnior, ex-chefe de gabinete do Ministério de Minas e Energia (peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro);
- Julio César Vieira Gomes, auditor-fiscal e ex-secretário da Receita peculato, associação criminosa, lavagem de dinheiro e advocacia administrativa);
- Marcelo da Silva Vieira, chefe do gabinete de Documentação Histórica da Presidência da República no mandato de Bolsonaro (peculato e associação criminosa);
- Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Bolsonaro (lavagem de dinheiro);
- Marcos André dos Santos Soeiro, ex-assessor de Bento Albuquerque (peculato e associação criminosa);
- Mauro Cesar Barbosa Cid, tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro);
- Fabio Wajngarten, advogado de Bolsonaro e ex-secretário de Comunicação (lavagem de dinheiro e associação criminosa);
- Frederick Wassef, advogado do ex-presidente (lavagem de dinheiro e associação criminosa);
- Mauro Cesar Lourena Cid, general da reserva do Exército (lavagem de dinheiro e associação criminosa);
- Osmar Crivelatti, assessor de Bolsonaro (lavagem de dinheiro e associação criminosa).
O relatório final do inquérito, no entanto, não tem pedido de prisão preventiva ou temporária de nenhum dos indiciados. O encerramento do inquérito é o momento em que a PF conclui quem praticou crimes, e quais crimes foram cometidos.
Um relatório final deve ser enviado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do caso. Após isso, Moraes encaminhará o caso à Procuradoria-Geral da República — que vai analisar os resultados e decidirá se há evidências suficientes para pedir o indiciamento de Bolsonaro ou se novas diligências são necessárias.
O advogado de Bolsonaro e ex-secretário de Comunicação, que também foi indiciado, disse, em nota, que “em toda a investigação não há qualquer prova contra mim”. Wanjgarten foi indiciado por lavagem de dinheiro e associação criminosa.
O advogado disse, ainda, que vai recorrer do indiciamento e classificou a ação da PF como “abuso de poder”.
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