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Presidente afirmou ter consciência de que o preço da gasolina está alto e que estuda soluções para o problema

Posto de gasolina em Goiânia | Foto: Euler de França Belém/Jornal Opção

Neste sábado,12, após evento de filiação de deputados federais na sede do PL, em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (PL) falou sobre a possibilidade de introdução de subsídios e mudança na política de preços da Petrobras. Para conter o aumento da gasolina e do diesel, o presidente avaliou que a compensação nos preços dos combustíveis, concedida a partir de um Projeto de Lei Complementar (PLC), aprovado essa semana pelo Congresso, ajudará com que o reajuste concedido pela Petrobras nesta semana – cerca de 25% ao diesel –  não chegue integralmente às bombas de combustíveis. 

O comentário foi feito menos de 24 horas depois de sancionar a lei que unifica a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis em todo o país. O chefe do Executivo também adiantou que o governo estuda uma medida similar para a gasolina. A proposta poderá chegar ao Legislativo na semana que vem.

“O Senado resolveu mudar na última hora”, afirmou Jair Bolsonaro. “Caso contrário, nós teríamos também um desconto na gasolina, que está bastante alto.A gente prefere não gastar, não ter que gastar com subsídio, mas se preciso for, para economia do Brasil aqui não parar, não travar, nós preferimos, com toda certeza o Paulo Guedes vai preferir uma medida como essa ou uma alternativa equivalente”, adiantou.

Política da Petrobras

O presidente criticou a paridade com os preços internacionais, que atrela o valor da gasolina ao dólar. A política de preços da Petrobras, avaliou Bolsonaro, agrada os acionistas da estatal, mas prejudica o consumidor. Bolsonaro disse que cabe à Petrobras apresentar uma proposta para mudar essa dinâmica. 

“Eu tenho uma política de não interferir, sabendo das obrigações legais da Petrobras. E, para mim, particularmente falando, é um lucro absurdo que a Petrobras tem, num momento atípico no mundo. Não é uma questão apenas interna nossa. Então, falar que estou satisfeito com o reajuste, não estou. Mas não vou interferir no mercado”, disse em Brasília.

Sem fazer críticas ao presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna, perguntado se o militar poderia ser trocado do comando da empresa, Bolsonaro disse que com exceção dele e do vice-presidente, Hamilton Mourão, “qualquer um no governo pode ser trocado”. 

“Tem certas coisas que não preciso comentar. Ele [Silva e Luna] vai ligar pra mim e falar: ‘Está satisfeito com o reajuste?’. Não vai ligar. Ele sabe o que eu penso disso e o que qualquer brasileiro pensa disso. Agora, o brasileiro tem que entender que quem decide esse preço não é o presidente da República. É a Petrobras com seus diretores e os seus conselhos”, disse.

Com informações da EBC.