Bispos de igrejas dos Estados Unidos emitiram alertas e decretos sugerindo a dispensa de fieis que se sintam ameaçados pelo simples fato de ir à missa por serem imigrantes. A decisão foi tomada após os religiosos se derem conta de que as atividades passaram a ser vistas como oportunidades para que as autoridades façam prisões em massa.

Nas últimas semanas, agentes da polícia de imigração, o ICE, passaram a ocupar as ruas de algumas cidades nos domingos de manhã por conta das igrejas frequentadas por imigrantes.

A ofensiva do governo Donald Trump contra imigrantes também inclui a determinação do fim do status de santuários para locais de culto, o que significa que qualquer estrangeiro pode ser preso enquanto faz sua oração.

Dioceses iniciaram um processo de avaliação de seu próprio papel. A decisão não é considerada fácil, já que as congregações contam com os latinos para manter financeiramente e espiritualmente a comunidade religiosa.

Informe publicado pela Conferência dos Bispos dos Estados Unidos, revela que 10 milhões de imigrantes cristãos nos EUA estão vulneráveis a uma possível deportação. Isso inclui desde aqueles que estão de forma irregular no país ou por contar com proteções que estão sendo retiradas, como no caso de venezuelanos e outros latinos.

Isso significa 18% de todos os católicos do país. O documento foi elaborado em conjunto com a Associação Nacional de Evangélicos, World Relief e o Center for the Study of Global Christianity.

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