Biohaven desenvolveu medicamento inédito para ataxias

Uma pesquisa da Biohaven, empresa farmacêutica de Connecticut, aponta para um possível medicamento que reduz os efeitos de uma rara doença neurológica: a Ataxia Espinocerebelar (SCA). O estudo durou 3 anos propõe o troriluzol para o tratamento de todos os tipos de SCAs. Até o momento, não havia tratamento eficaz conhecido contra a doença degenerativa que afeta o cerebelo.

A boa notícia, ainda que possa demorar para alcançar os pacientes, chegou na semana do Dia Internacional de Conscientização da Ataxia, que é em 25 de setembro, quarta-feira.

A Biohaven planeja submeter uma Solicitação de Novo Medicamento para o tratamento de todos os tipos de SCA à Food and Drug Administration, instituição federal dos Estados Unidos que regula a administração de alimentos e medicamentos. Afinal, os estudos apontaram que é um remédio mais eficiente, capaz de reduzir a progressão da doença em até 70%.

A Ataxia Espinocerebelar pode ser genética ou emergencial; em casos genéticos, reduz a capacidade muscular do paciente de forma progressiva; nos casos emergenciais, mesmo que a pessoa estivesse anteriormente saudável, a síndrome leva 72 horas horas para acometer o paciente.

A Pfizer, empresa farmacêutica multinacional com sede em Nova Iorque, nos Estados Unidos, ficou famosa no Brasil devido à sua vacina contra a Covid-19. A Biohaven foi adquirida pela Pfizer em maio de 2022 por quase US$12 bilhões.

Investidores econômicos elogiaram a decisão, pois a empresa possui pesquisas significativas para o meio médico e farmacêutico. Inclusive, as ações da empresa estão em uma alta de 15,38%.

Um pouco mais sobre a Ataxia Espinocerebelar (SCA)

Em Goiás, o candidato à prefeitura de Goiânia pelo UP, Professor Pantaleão, teve um filho que morreu recentemente devido à essa doença. No caso do jovem professor de filosofia, a doença era genética, e levou também sua mãe alguns anos antes. Atualmente, a ataxia ainda acomete dois filhos de Pantaleão.

Sendo assim, vale ressaltar que os sintomas mais comuns da doença são diretamente relacionados à perda de controle muscular, como: problemas de equilíbrio e coordenação motora, dificuldade para se comunicar e mover os membros (até os olhos tem sua movimentação afetada).

A médica Susan Perlman, Diretora da Ataxia Clinic e Neurogenetics Clinical Trials declarou que as ataxias (SCAs) são uma doença debilitante e progressiva que impacta com força a qualidade de vida dos pacientes. Principalmente porque fazem com que o paciente fique, muitas vezes, incapazes de cuidar de si mesmos, andar e falar, especialmente em estágios avançados.

“O troriluzol é o primeiro tratamento a mostrar um atraso na progressão da doença que pode dar aos pacientes anos adicionais de independência, onde eles podem andar sem assistência, continuar a trabalhar, brincar com seus filhos e participar de atividades diárias”, disse a especialista. Ela também acredita que esse momento é muito esperançoso e emocionante para toda a comunidade de pacientes com ataxia.

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