Barroso pede que Polícia Federal investigue ataque hacker ao sistema do TSE
17 novembro 2020 às 07h34

COMPARTILHAR
Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reiterou que sistema de defesa impediu danos e que ataques tiveram intuito de “trazer a impressão de fragilidade no sistema”

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, pediu nesta segunda-feira, 16, que a Polícia Federal (PF) investigue ataques cibernéticos aos sistemas da Corte. Barroso afirmou, durante a coletiva de imprensa, que há suspeitas de articulação de grupos para desacreditar o sistema de votação.
No horário da votação do dia 15, o sistema de informática do TSE foi alvo um ataque de múltiplos acessos. No entanto, o sistema de defesa impediu os danos e não houve vazamento de dados, segundo o tribunal.
No mesmo dia, também foram divulgados na internet dados pessoais de ex-servidores e ex-ministros. Segundo o presidente do TSE, os dados são antigos e foram liberados no intuito de tentar desacreditar a segurança da votação.
“Os dados vazados tinham mais de dez anos de antiguidade e divulgação foi feita no dia das eleições para procurar causar impacto e trazer a impressão de fragilidade no sistema. Ao mesmo tempo que esses dados foram vazados, milícias digitais entraram imediatamente em ação tentando desacreditar o sistema. Há suspeitas de articulação de grupos extremistas que se empenham em desacreditar as instituições, clamam pela volta da ditadura, e muitos deles são investigados pelo STF”, afirmou.
Atraso
Sobre o atraso de três horas na divulgação dos resultados, Barroso disse que a Oracle, empresa responsável pelo computador que apresentou defeito, será acionada para tentar resolver o problema para o segundo turno.
A forma de totalização (soma dos votos) centralizada no TSE vai continuar no segundo turno. Nas eleições passadas, a totalização era feita pelo tribunais regionais eleitorais e foi alterada por motivos de segurança e de custos.
(Com informações da Agência Brasil)