Bancos ameaçam cortar créditos ao Brasil caso governo não vete suspensão de dívidas dos estados

Capital estrangeiro retira US$77 bilhões do Brasil e considera país pior na gestão da crise. Comportamento de presidente Jair Bolsonaro é apontado como principal motivo do afastamento de investidores

Na última terça-feira, 26, em reunião com a equipe econômica, os bancos Mundial, Interamericano de Desenvolvimento e de Desenvolvimento Latino-Americano ameaçaram de cortar crédito ao Brasil, caso o governo não vete parte do socorro aos estados que permite a suspensão de pagamento da dívida bancária. O Tesouro Nacional também disse que não conseguiria cobrir esses compromissos.

O investimento estrangeiro direto no país despecou de US$5,1 bi para US$234 milhões. Esse dinheiro aplicado na economia dura mais tempo que aplicação em bolsa. O Brasil tem sido considerado o pior em gestão de crise. No mercado financeiro, o capital estrangeiro retirou US$77 bilhões. O real foi a moeda que mais desvalorizou em relação ao dólar nessa crise.

O comportamento do presidente Jair Bolsonaro é apontado como fator principal da crise política durante as crises sanitária e econômica que tem espantado os investidores. Com a situação, o jornal Valor avalia que “a recuperação do Brasil será mais dolorosa e incerta”.