Bancários goianos vão aderir à greve nacional
29 setembro 2014 às 10h19

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Trabalhadores recusaram proposta da Fenaban para reajuste nos salários e no piso. Este é 11º ano seguido em que trabalhos são interrompidos para negociações

O Sindicato dos Bancários no Estado de Goiás vai aderir à greve nacional da categoria que vai ser deflagrada na próxima terça-feira (30/9). Está marcada para esta segunda-feira (29) a assembleia que vai formalizar a escolha de apoiar o movimento. A reunião será às 18h30, na sede da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal (ACPEF), no Setor Bueno, em Goiânia. A paralisação ocorre às vésperas das eleições do próximo dia 5 de outubro.
Segundo informou o presidente da entidade goiana, Sérgio Luiz da Costa, a situação das instituições financeiras de Goiás é a mesma que a do resto do país. “Hoje vamos sacramentar o que decidiram a nível nacional”, relatou.
No último sábado (27), após nova rodada de negociações entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), os bancários recusaram nova proposta. Os bancos ofereceram o índice de reajuste de 7% para 7,35% para os salários, e de 7,5% para 8% para os pisos.
Em contrapartida, os trabalhadores pedem reajuste salarial de 12,5% e piso salarial de R$ 2.979,25. Outras reivindicações estão na pauta, como o fim das metas, consideradas abusivas, o combate ao assédio moral e a isonomia de direitos para afastados por motivo de saúde.
À reportagem, Sérgio Luiz da Costa reclamou que este é o 11º ano consecutivo de paralisação para que haja acordo entre a classe e os representantes. “Diferentemente da Petrobras ou dos Correios, por exemplo, que conseguem [reajustes] mais rápido”, afirmou.
Com a interrupção dos serviços, os clientes não terão o atendimento diretamente no caixa por tempo indeterminado a partir de amanhã.