Balestreri minimiza impasse com deputados e diz que não tem conduta arrogante
21 setembro 2017 às 17h24

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Alvo de críticas por não receber parlamentares da base do governo, Secretário de Segurança Pública diz que tem uma agenda cheia e pede paciência

O secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás (SSPAP), Ricardo Balestreri, comentou em entrevista na tarde desta quinta-feira (21/9) as críticas feitas por deputados estaduais da base do governo de que ele estaria se recusando a receber parlamentares.
“Acho que foi um grande equívoco, talvez por falta de informação. Não consegui entender bem o que aconteceu”, disse ao Jornal Opção. “Um dos deputados que reclamou já havia marcado duas audiências e depois desmarcado e em seguida não remarcou. Outros que também reclamaram já estão com audiências marcadas. Então, o que tenho a dizer é que nossa secretaria recebe todo mundo, somos famosos por receber a todos, de todos os níveis. Não temos conduta arrogante ou soberba”, defendeu-se sem citar nomes.
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Ele continuou explicando que, apesar da disposição em receber quem solicita, trabalha com uma agenda cheia. “O secretário é uma pessoa só e um dia tem 24 horas. Além dos deputados estaduais, temos os federais, senadores, prefeitos. Se não todos, grande parte deles querem falar pessoalmente e é dever do secretário recebê-los. Cada audiência dessas dura cerca de uma hora, então às vezes é preciso paciência para aguardar a agenda”, justificou.
Na última terça (19), o líder do governo na Assembleia, Francisco Oliveira (PSDB), subiu no plenário para reclamar do titular da pasta. Segundo ele, Balestreri teria se recusado a atender parlamentares da base e chegou a citar cinco deputados que teriam tido o convite negado para audiência.
“Não existe a possibilidade de querer ser atendido na hora, de forma imediata, se não a pessoa fica ofendida. Nossa intenção é receber todo mundo, mas é preciso paciência”, rebateu.
Diante das explicações, o secretário espera que o assunto se dê por encerrado e disse que não entra em “bate-boca”. “Eu expliquei o fato, mas não tenho interesse em esticar o assunto. Não respondo nem entro em ‘bate-boca’, até porque tenho muito respeito por alguém eleito pelo voto popular. Por isso, acho que nem é devido ou adequado que eu responda”, arrematou.