Avião presidencial apresenta nova pane e Lula diz que teve que descer “com medo que pegasse fogo”, veja vídeo

04 outubro 2025 às 10h27

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva relatou, em entrevista concedida ao jornal O Liberal ” na quinta-feira, 3, ter enfrentado uma pane em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) quando se preparava para viajar até a Ilha do Marajó, no Pará. Segundo o chefe do Executivo, a falha ocorreu no motor da aeronave, ainda em solo, o que impediu a decolagem.
“Eu fui pegar o avião para a Ilha do Marajó e teve um problema no motor do avião, um avião da Força Aérea Brasileira. E eu só tinha que agradecer a Deus porque poderia ter tido problema quando eu estivesse no ar. E teve quando eu estava em terra. Aí nós tivemos que descer do avião, com medo de que pegasse fogo. Depois seguimos em outra aeronave, uma Brasília. Nossa Senhora protegeu a delegação”, afirmou Lula.
Confira o vídeo
O episódio não é o primeiro a envolver problemas técnicos em aeronaves da FAB, que tradicionalmente transportam o presidente e autoridades do governo.
Aeronaves da FAB e o avião presidencial
O avião oficial da Presidência da República é um Airbus A319CJ, adquirido em 2005 por R$ 167 milhões. A aeronave foi fabricada em Hamburgo, na Alemanha, já com as cores da Força Aérea e recebeu o batismo de VC-1A Santos-Dumont. O modelo tem maior autonomia de voo e foi configurado para atender missões internacionais, diferindo de aeronaves menores usadas em deslocamentos internos.
Defesa pede mais recursos
A declaração do presidente vem em meio a discussões sobre a fragilidade orçamentária das Forças Armadas. Em audiência pública no Senado, o ministro da Defesa, José Múcio, advertiu que o Brasil corre riscos por manter investimentos instáveis na área.
“Somos o maior país da América Latina, temos 52% do PIB da região, mas as Forças Armadas não sei nem se estão entre as três primeiras. Temos bastante equipamento comprado, mas não temos dinheiro para comprar peças”, afirmou.
De acordo com o ministro, os gastos globais em defesa chegaram a US$ 2,7 trilhões em 2024, enquanto o Brasil responde por apenas 1% desse total, apesar de figurar entre as dez maiores economias do mundo. Ele defendeu maior previsibilidade orçamentária e o fortalecimento da base industrial de defesa, que reúne mais de 270 empresas e é responsável por 3,6% do PIB nacional.
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