Autorizado por Bolsonaro, reajuste de preço em medicamentos é o maior da última década
30 março 2022 às 20h45

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A partir desta quinta-feira, 31, cerca de 13 mil medicamentos podem ficar quase 11% mais caros
A partir desta quinta-feira, 31, cerca de 13 mil medicamentos ficarão mais caros após o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), autorizar o reajuste de até 10,9% nos preços. O motivo seria pela reposição inflacionária, a qual fechou em 2021 em 10,06%, abaixo do percentual autorizada pelo executivo, sendo este um dos maiores reajustes da última década.
Em 2021, o Governo Federal já havia autorizado um reajuste de até 10,08% para os medicamentos, quando a inflação brasileira estava em 4,52% em 2020.
Segundo o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), no acumulado de 2020 e 2021, os medicamentos subiram 3,75% enquanto a inflação saltou para 15% no mesmo período, gerando dessa forma uma defasagem de 11 pontos percentuais na recomposição dos preços. O Sindusfarma afirma que “o reajuste não é automático nem imediato, pois a grande concorrência entre as empresas do setor regula os preços”.
Entenda o reajuste
O percentual do reajuste definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão interministerial responsável pela regulação do mercado de medicamentos, é calculado por meio de uma fórmula que leva em conta a inflação acumulada de 12 meses até março, de 10,54%, calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais os ganhos e a produtividade das empresas (Fator X) e a variação de preços entre setores (Fator Z).
As farmácias e drogarias, assim como laboratórios, distribuidores e importadores, não podem cobrar pelos medicamentos preços acima do permitido pela CMED. Os preços máximos permitidos para medicamentos podem ser acessados aqui.