Austrália proíbe acesso ao YouTube para menores de 16 anos

30 julho 2025 às 19h32

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O governo da Austrália anunciou nesta quarta-feira, 30, a inclusão do YouTube na lista de redes sociais proibidas para menores de 16 anos, em uma mudança significativa de postura. Anteriormente, a plataforma de vídeos havia sido isentada das restrições, mas essa decisão foi revertida após pressão de órgãos reguladores e concorrentes.
Segundo a Autoridade Australiana de Segurança Online, uma pesquisa recente revelou que 37% das crianças entre 10 e 15 anos afirmaram ter acessado conteúdo prejudicial no YouTube — o maior índice entre todas as plataformas analisadas.
Diante dos dados, o órgão solicitou ao governo a revogação da isenção concedida à plataforma. A decisão também foi influenciada por outras redes sociais, como Facebook, Instagram, Snapchat e TikTok, que classificaram o tratamento diferenciado como injusto.
“As mídias sociais têm uma responsabilidade social, e não há dúvidas de que as crianças australianas estão sendo impactadas negativamente pelas plataformas online. Estou colocando um limite nisso”, declarou o primeiro-ministro Anthony Albanese.
“As redes sociais estão causando danos sociais aos nossos filhos, e quero que os pais australianos saibam que os estamos apoiando.” A nova regulamentação entra em vigor em dezembro e prevê multas de até 49,5 milhões de dólares australianos (cerca de US$ 32,2 milhões ou R$ 179 milhões) para empresas que descumprirem a lei.
Em resposta, um porta-voz do YouTube declarou que a empresa seguirá dialogando com o governo: “Compartilhamos a meta de reduzir os danos online. Nossa posição é clara: o YouTube é uma plataforma de compartilhamento de vídeos, não uma rede social.”
Plataformas com menor risco de impacto negativo, como jogos online, aplicativos de mensagens e sites de saúde e educação, continuarão isentas das regras de idade mínima, segundo explicou a ministra das Comunicações, Anika Wells. “As regras não são algo que se define uma vez e esquece. Elas precisam ser monitoradas e ajustadas”, afirmou.
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