Audiência pública debate medidas de segurança para retorno de aulas presenciais em Goiás
03 junho 2020 às 18h46

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Debate por videoconferência e presidida por deputado Talles Barreto ouviu prós e contras de possível reabertura das atividades educacionais

Presidida pelo deputado estadual Talles Barreto, uma audiência pública realizada por meio de videoconferência deliberou sobre o retorno das atividades educacionais em Goiás. O parlamentar é presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esportes. Conforme destacado pela presidente do Conselho Municipal de Educação de Goiânia, Acácia Bringel, as aulas presenciais em todo Estado não irão ocorrer até o dia 31 de julho.
Aulas remotas devem ser retomadas até o dia 30 de junho e as férias escolares estão mantidas para o mês seguinte, de acordo com o calendário habitual. Ela afirmou que um comitê formado por entidades educacionais discutem a melhor maneira de planejar a retomada das aulas presenciais.
Flávio Roberto, presidente do Conselho Estadual de Educação (CEE) ressaltou que é “o órgão de saúde quem determina sobre o funcionamento das escolas” e reforçou o que já tinha dito ao Jornal Opção, sobre medidas preventivas que deverão ser adotadas, caso as aulas retornem em agosto, o que ainda não está cravado. Ele aponta a necessidade de retorno de forma mista, intercalando turmas de alunos nas instituições de ensino.
Para o professor Weverton Júnior Guimarães, representante do Executivo, é necessário pensar em um retorno, já que escolas estão fechando as portas por problemas financeiros. “A maioria das escolas de educação infantil em Goiânia são pequenas e não tem uma margem de lucro de 30% conforme solicita o projeto que estão debatendo aqui. Se essas escolas quebrarem, teremos crianças sem escola. Gostaria que todos colocassem a mão na consciência e pensassem em todos os fatores da cadeia educacional”, disse.
Talles Barreto acredita que é preciso encontrar um ponto de equilíbrio. “Cada situação é uma situação e nós estamos à disposição para todas as discussões. Vamos ter que chegar a um denominador comum. Tenho convicção que poderíamos buscar com segurança o retorno dessas atividades para que os pais possam trabalhar e botar comida dentro de suas casas. O mundo será outro após a pandemia e vamos ter que nos reinventar”, argumentou.
O debate teve a participação da presidente do Conselho Municipal de Educação de Aparecida de Goiânia, Doralice de França Santos; o presidente do Conselho de Diretores das Escolas Municipais e CMEIs de Goiânia (Condir), Diego Monteiro Silva; representante de Pais do Ensino Fundamental e Educação Infantil do Município de Goiânia, Jhonatan de Macedo Sousa; representante do Movimento Comunitário, Dilma Vieira da Silva Mattos e o representante da Associação das Instituições de Ensino Privadas de Goiás, Paulo Henrique Pedrosa.