Uma audiência de conciliação realizada nesta segunda-feira, 15, reuniu representantes da Equatorial Goiás, da empresa terceirizada DOLP Engenharia e do Sindicato dos Trabalhadores para discutir o impasse causado pelo atraso no pagamento de salários e benefícios de funcionários que atuam em diversas cidades goianas. O processo segue sob análise do Poder Judiciário.

A crise envolve mais de 200 trabalhadores da DOLP Engenharia, responsável por serviços para a Equatorial Goiás, que estão com salários e vale-alimentação atrasados. A paralisação afeta bases em municípios como Itumbiara, Morrinhos, Catalão, Caldas Novas e Rio Verde. Em Catalão, aproximadamente 120 profissionais aderiram ao movimento, segundo relatos de funcionários.

Em nota enviada ao Jornal Opção, a Equatorial Goiás informou que mantém em dia todas as suas obrigações contratuais e aguarda definição judicial para dar continuidade a medidas relacionadas aos salários e benefícios dos colaboradores da empresa contratada. A distribuidora destacou ainda que adotou um plano de contingência operacional para assegurar a continuidade do atendimento aos clientes, sem impacto no fornecimento de energia elétrica.

A Equatorial afirmou que chegou a propor o pagamento direto dos encargos trabalhistas para garantir os direitos dos funcionários, mas a proposta foi recusada pela DOLP Engenharia, que defendeu a celebração de um novo contrato como alternativa para resolver a situação. Segundo apuração, a DOLP tem cerca de R$ 10 milhões a receber da Equatorial, valor considerado insuficiente para quitar salários e benefícios referentes aos meses de novembro e dezembro.

Equatorial | Foto: Equatorial Goiás

Diante da paralisação, a Justiça do Trabalho determinou a retenção judicial de R$ 4 milhões que a Equatorial deve à DOLP, com o objetivo de assegurar o pagamento dos trabalhadores. A medida busca evitar prejuízos maiores, já que a Equatorial alertou que a interrupção dos serviços poderia afetar atendimentos emergenciais de energia elétrica em até 38 municípios goianos.

Enquanto o impasse não é resolvido, os trabalhadores afirmam que permanecem paralisados e cobram apoio de vereadores e prefeitos das cidades afetadas. A Equatorial Goiás reforçou que segue atuando com responsabilidade, transparência e foco na prestação do serviço público essencial à população, enquanto aguarda a decisão judicial sobre o caso.

O Jornal Opção tentou contato com a DOLP mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações.

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