Após descobrir posição de candidata sobre causa homossexual, ator de “Os Vingadores” retira apoio a Marina Silva
Walacy Neto
30 setembro 2014 às 10h25
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“Eu não posso em sã consciência, apoiar um candidato que tem uma abordagem dura em relação a questões como o casamento entre homossexuais e os direitos reprodutivos”, afirmou ator que interpretou o Hulk no filme “Os Vingadores”, Mark Ruffalo
O ator norte-americano Mark Ruffalo, conhecido por interpretar o Hulk na série de filme “Os Vingadores”, havia gravado um vídeo em apoio a candidata Marina Silva (PSB/REDE), porém voltou atrás e retirou o apoio. O motivo está na oposição de Maria ao casamento gay e direitos reprodutivos da mulher.
No vídeo de apoio, divulgado neste domingo (28/9), Ruffalo afirmava que a pessebista é uma das “mais interessantes e animadoras pessoas no cenário político mundial”. Já no texto divulgado nesta segunda-feira (29/9), no Tumblr oficial do ator, ele afirma que não sabia da posição de Marina em relação a causa homossexual. “Só vi o seu debate, onde ela disse que apoiou o casamento gay, e vim a descobrir depois o fato de que seu partido retirou o apoio a esta questão”, disse.
“Eu não posso em sã consciência, apoiar um candidato que tem uma abordagem dura em relação a questões como o casamento entre homossexuais e os direitos reprodutivos, mesmo que o candidato esteja disposto a fazer a coisa certa sobre as questões ambientais”, concluiu o ator. Na plataforma de Marina consta a defesa da união civil, porém a palavra casamento não é citada.
No Twitter da candidatam a assessoria de imprensa declarou em inglês que não é verdade que ela seja contra o casamento gay e que apoia a união entre homossexuais. “Além disto, @markruffalo, você precisa saber que as eleições brasileiras estão tendo uma enxurrada de mentiras e essa é outra sobre Marina”.
Em diversas situações a candidata afirmou ser a favor da união civil entre pessoas do mesmo sexo, mas diz ser contra o “casamento” por, em seu ponto de vista, essa palavra ter uma conotação ligada à religiosidade. O posicionamento de Marina é visto como um retrocesso na questão, já que a legislação brasileira sequer contempla a união civil.
No país, os homossexuais têm direito — assim como os casais heterossexuais — à união estável, desde 2011, e ao casamento — que por essência é civil, já que a cerimônia religiosa não tem validade legal –, desde 2013, graças a uma resolução aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) naquele ano.
Confira o vídeo que havia sido divulgado por Ruffalo em prol da pessebista:
