Assembleia deve aprovar extensão do pedido de calamidade financeira pra beneficiar 1,5 milhão de goianienses

01 julho 2025 às 17h45

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Há o consenso de que Rogério Cruz deixou a Prefeitura de Goiânia em situação de penúria e chega a ser estranho que não tenham sido produzidas denúncias a granel contra o ex-gestor.
O prefeito Sandro Mabel (União Brasil) é um gestor competente e bem-intencionado. É outro consenso.
Entretanto, não é mágico. Porém, quem anda pela cidade — e não fica apenas dando opinião nas redes sociais — já nota a mão do prefeito e de sua equipe. Goiânia está mais limpa. As ruas estão em melhor estado. E, sim, há uma tentativa de melhorar o trânsito, com intervenções pontuais aqui e ali. Yes: Goiânia tem prefeito, ou seja, gestor.
Mesmo tendo recebido uma cidade em situação de tapera, com caixa negativo, Sandro Mabel em nenhum momento parou de trabalhar. Às vezes, aparece irritado — e com razão — com cidadãos que, comportando-se como bárbaros, jogam lixo nas ruas.

O prefeito está zelando das ruas, que são, por assim dizer, as “casas” de todos. Se queremos nossas casas limpas, por que sujamos as ruas, como se não fossem de ninguém — quando são de todos?
Os goianienses precisam ter um pouco de paciência com Sandro Mabel, que governa a capital há apenas seis meses. O prefeito está tentando consertar, e com a necessária pressa, aquilo que foi desestruturado em quatro anos.
Pode-se dizer que, em seis meses, Goiânia está mais limpa do que nos quatro anos em carregou a Cruz de Rogério.
Que não se enganem-se os goianienses e os vereadores, vários deles também bem-intencionados (com alguns francamente fisiológicos), mas Sandro Mabel não foi eleito para ser um novo Rogério Cruz. Com apoio dos cidadãos e dos parlamentares, o gestor municipal dará um jeito na capital, restaurando sua imagem e tornando-a aprazível para todos.

Ao contrário de Rogério Cruz, que era um prefeito-ausente, Sandro Mabel é um prefeito-presente. Há quem fique incomodado com isto. Mas não deveria. Porque um prefeito deve ser sempre presente, observando do micro ao macro. Aqueles que jogam lixo nas ruas contribuem para piorar a cidade e para retardar a recuperação de sua imagem. Se brincar, saem reclamando do prefeito.
A franqueza de Sandro Mabel incomoda? Não deveria. É muito melhor para os cidadãos goianienses um prefeito que diz a verdade, de maneira direta, que um gestor, como Rogério Cruz, que não trabalhava mas posava de simpático, de bom-moço.
Na quinta-feira, 3, os deputados estaduais de Goiás vão votar o pedido de extensão de calamidade financeira da Prefeitura de Goiânia. O Jornal Opção apurou que a maioria, mesmo discordando aqui e ali do prefeito — sobretudo de seu jeitão arrojado de ser — vai votar a favor. Um deputado iria viajar, mas cancelou a passagem para votar com o prefeito, quer dizer, com a cidade.
Os deputados votarão a favor não para beneficiar Sandro Mabel, sim, sobretudo, os 1.494.599 goianienses. São praticamente 1,5 milhão de moradores da capital que precisam que o pedido de extensão do decreto de calamidade financeira seja aprovado.
A aprovação do pedido dará mais fôlego para a prefeitura se recuperar e continuar investindo na melhoria da qualidade de vida de todos — inclusive dos deputados e dos vereadores. (Euler de França Belém)