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A arrecadação do governo federal somou R$ 1,889 trilhão entre janeiro e agosto de 2025 — o melhor resultado para o período desde o ano 2000, segundo dados da Receita Federal do Brasil (RFB), vinculada ao Ministério da Fazenda (MF). O montante representa um crescimento real de 3,73% em relação ao mesmo período de 2024, já descontada a inflação, e confirma o ritmo acelerado das receitas públicas.

Se desconsiderar fatores atípicos de 2024 — como a tributação de fundos exclusivos e a calamidade no Rio Grande do Sul —, o crescimento real acumulado chega a 4,99%, de acordo com o balanço mensal da autarquia.

Por outro lado, a arrecadação de agosto de 2025 apresentou recuo real de 1,5%, puxado pela queda nas receitas de tributos pagos por empresas, como o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e o PIS/Cofins.

Entre os destaques positivos, o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) registrou crescimento real de 35,57% no mês, impulsionado pela alta das alíquotas sobre operações de saída de moeda estrangeira (+203,25%) e operações de crédito para pessoas jurídicas (+48,86%).

Aumento de impostos

Em 2025, o Jornal Opção revelou com exclusividade que o governo Lula criou 25 novos tributos dentro do pacote da Reforma Tributária, previstos para entrar em vigor nos próximos anos. O contador Geazi Ezequiel de Souza explicou à reportagem que os novos tributos podem impactar o poder de compra dos contribuintes, especialmente em um cenário de Taxa Selic mantida em 15%.

A Receita Federal afirmou à redação que as mudanças têm como objetivo promover justiça tributária, equilibrando a cobrança de impostos entre as camadas de renda mais altas e mais baixas — incluindo a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais.

Impostômetro

Motivado pelo aumento dos tributos diante das despesas pública, a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) fez a instalação do painel “Impostômetro” na sede da instituição. O painel mostra o valor dos impostos pagos pela população, no valor aproximado de R$ 3 trilhões, enquanto as despesas atingiram R$ 4 trilhões.

Vale lembrar que os valores refentes ao painel mostram dados referentes ao período interio de 2025, entre janeiro e setembro.

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Terceiro mandato de Lula soma 25 novos impostos e reacende debate sobre carga tributária