PGR disse em entrevista à “Folha” que o STF já teria arquivado a notícia da citação em outro momento, por não haver indícios que confirmem a versão do porteiro

Foto: Roberto Jayme/Ascom/TSE

Após solicitação do ministro da Justiça, Sérgio Moro, para que a PGR analisasse a menção do nome do presidente Jair Bolsonaro (PSL) no caso Marielle, o procurador-geral Augusto Aras afirmou ao jornal Folha de S. Paulo que a citação já teria sido indicada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, sendo arquivada tanto pela PGR como pelo STF por não ter solidez.

Em entrevista à Folha, Aras caracteriza a divulgação como “factoide”. O PGR afirma que em razão da solicitação feita por Moro, encaminhará ao MP fluminense o pedido de investigação sobre as circunstâncias que o porteiro teria citado o nome de Jair durante depoimento.

O procurador afirma ao jornal que na época do relato feito ao STF o Ministério Público teria remetido declaração da Câmara sobre a presença de Bolsonaro em Brasília, além de gravações de ligações entre o porteiro e as casas apontadas, e segundo Aras, não há menção à Jair Bolsonaro.

Citação

Conforme mostrado pelo Jornal Nacional, o ex-policial militar Élcio Queiroz — suspeito de envolvimento no assassinato — teria dito ao porteiro do condomínio Vivendas da Barra — onde Jair Bolsonaro tem casa — , que iria até a casa do presidente — à época deputado federal.

Entretanto o presidente  e a família nega que houveram as ligações. Na manhã desta quarta-feira, 29, um dos filhos do presidente, vereador Carlos Bolsonaro (PSL), publicou vídeo em que mostra áudios do monitoramento interno do condomínio. Na gravação do vereador, não há a ligação para a casa 58 no momento indicado pelo porteiro.