Aprovado na Alego, autorização para RRF não traz consequências negativas, diz Lissauer
03 julho 2019 às 15h48

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Presidente do legislativo goiano afirmou que, nos seis meses que o governo não vai pagar os bancos federais, a dívida fica suspensa

O presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira (PSB), afirmou ao Jornal Opção que a dívida do governo de Goiás com os bancos federais não correrá nesses seis meses de fôlego que a administração conseguiu após aprovação da intenção de entrar no Regime de Recuperação Fiscal (RRF), na Assembleia.
Conforme o líder do legislativo goiano, a dívida fica suspensa. “A intenção desse pedido de entrar é justamente para não pagar. Para o Estado chegar no governo federal e mostrar que está com boas intenções”.
Lissauer traz à tona que a equipe técnica do Ministério da Economia solicitou essa aprovação na Assembleia para tirar Goiás da classificação C, que não permite ao Estado contrair empréstimos, e evoluir para uma categoria que permita esse tipo de solicitação.
Consequência
Segundo ele, a aprovação desta intenção de entrar no regime não traz consequências. “O que faz é prorrogar o pagamento da dívida, como já foi feito há alguns anos. Depois vai ter que pagar”, destacou.
Sobre a aprovação do RRF, em si, o presidente está cético. “Eu acho muito difícil de entrar. Eu vejo que aprovamos um fôlego para o governo e dentro de seis meses teremos tempo para discutir essa questão. Para ver se encontramos um caminho menos pesado”.
Empréstimo do Judiciário
O pessebista também falou sobre o empréstimo do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TJGO) de R$ 230 milhões ao governo para que este pudesse pagar a folha salarial dos servidores do Judiciário estadual. Diferente de Cláudio Meirelles (PTC), que acredita em não cumprimento, Lissauer aponta que não vê essa possibilidade. “Tem que pagar. Mesmo que não queira”.
Para ele, esse empréstimo, inclusive, é questão de momento. “O Estado vive uma fase difícil e o TJGO dá uma ajuda”. Questionado se o Legislativo também poderia fazer um empréstimo, ele diz que o poder não possui recursos sobrando.
