Apostas do mercado de cripto mostram que chances da volta de Jesus em 2025 sobem para 4%

O universo das criptomoedas nunca teve medo de apostar no absurdo e desta vez surpreendeu até os gestores do mercado de moedas digitais. No Polymarket, mercado de previsões do Ethereum (segunda critomoeda mais valiosa do mundo), uma aposta audaciosa desafia a imprevisibilidade do divino. Após as recentes turbulências provocadas pelo conflito entre Israel e Irã, as chances da volta de Jesus subiram para 4%.

O Polymarket não é novo em suas façanhas. Após a polêmica sobre a vitória de Trump, a aposta transcende as criptos para aventurar-se em território espiritual.

Mercado do fim dos tempos

Alguns teóricos por trás dessa inusitada previsão do retorno de Jesus baseiam seus cálculos em interpretações esotéricas. A Igreja de Deus fala de um “tempo de redenção” de 24 anos iniciado em 2000, enquanto o grupo Free Gift From God revisita as “70 semanas de Daniel” com base em um decreto otomano de 1535.

As conexões entre eventos históricos, como o governo de Suleiman, o Magnífico, e figuras modernas como o cardeal George Pell, compõem equações proféticas que beiram o misticismo. No entanto, teólogos de linha tradicional rejeitam essas conjecturas, citando a passagem bíblica de Mateus 24:36, que afirma: “Ninguém sabe o dia nem a hora”.

No universo cripto, porém, a fé dá lugar ao cálculo. Para os apostadores do Polymarket, pouco importam os debates doutrinários — o que conta é a possibilidade de lucro. Em 2021, por exemplo, a plataforma já havia hospedado apostas envolvendo o “sacrifício perpétuo”, mencionado em textos proféticos do Antigo Testamento.

Segundo os termos do contrato, a opção “Sim” será considerada vencedora caso haja “consenso entre fontes confiáveis” sobre o retorno de Cristo até o prazo estipulado. O próprio critério de verificação, no entanto, levanta dúvidas: quem decide o que é uma “fonte confiável” diante de um evento divino?

Essa ambiguidade ilustra um traço recorrente nos mercados preditivos descentralizados, onde a linha entre crença e fato, convicção e especulação, torna-se cada vez mais tênue.

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