Após TCE indicar reprovação das contas de 2018, deputados aguardam para analisar parecer
05 junho 2019 às 13h45

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Talles Barreto considera importante separar mandato de José Eliton e Marconi. Se chegar “algo diferente”, deputado irá se opor à recomendação

Conforme mostrado pelo Jornal Opção, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) votou pela reprovação das contas de 2018. O placar foi de dois votos favoráveis e dois contrários. O presidente Celmar Rech teve que desempatar. Agora, a Assembleia Legislativa aguarda a chegada do parecer ao Parlamento para apreciá-la.
O deputado Antonio Gomide (PT) disse à reportagem que irá acompanhar detalhadamente os documentos enviados pelo Tribunal à Casa, mas demonstrou confiança na decisão tomada pelo Órgão. “São relatórios e decisões bastante técnicas. Com certeza iremos analisar com bastante tranquilidade, mas o TCE é um norte; um auxiliar do Poder Legislativo”, disse.
Ele lembrou que cabe recurso por parte dos tucanos José Eliton e Marconi Perillo, que ocuparam a governadoria do Estado no período em questão. Caso a rejeição prevaleça, o deputado diz caber sanções como a “perda dos direitos políticos ou pagamento de multa”.
Já o deputado Talles Barreto (PSDB), disse que irá aguardar a chegada da decisão ao Legislativo para que possa conferir se, de fato, há irregularidades.”O que considero importante é separar os mandatos do José Eliton dos mandatos do Marconi. Seria injusto culpar um por práticas cometidas no mandato do outro, seja ele qual for. Penso que o TCE tenha avaliado dessa forma, mas se chegar à Casa algo diferente vamos atuar de maneira contrária”, argumentou.
A Assembleia Legislativa de Goiás não tem prazo para pautar a análise na Casa. A data ficará a critério do presidente, Lissauer Vieira (PSB).
Votação
No TCE, Sebastião Tejota votou favorável à reprovação. Elder Valim e Kennedy Trindade, no entanto, se posicionaram pela aprovação com ressalvas. Dado o empate, o presidente Celmar Rech teve que votar e assinalou a reprovação.
Kennedy, que queria que as contas fossem aprovadas, argumentou que a posição do relator, ao dizer que o Governo não se esforçou para se adequar às recomendações anteriores, é, em partes, equivocada, já que não cabe ao Governo a execução do orçamento.