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Decisão também foi estendida aos outros presos na Operação Saqueador

O desembargador Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, acolheu na tarde desta sexta-feira (1º/7) pedido de habeas corpus da defesa do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e converteu a prisão preventiva dele em prisão domiciliar.

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A decisão do desembargador foi estendida também aos outros presos na Operação Saqueador, entre eles o empresário Adir Assad e o ex-dono da Delta Fernando Cavendish, que não chegou a ser detido porque está fora do País.

Cachoeira havia sido preso na manhã da última quinta-feira (30), em Goiânia, por decisão do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal.

A operação do Ministério Público Federal (MPF), em parceria com a Polícia Federal, investiga o uso de empresas de fachada para repasse de propina. No total, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão preventiva nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás.

As investigações, que duraram aproximadamente 3 anos, resultaram no indiciamento de 29 pessoas suspeitas de desvios de recursos federais destinados para diversas obras públicas. Com base no Inquérito Policial da PF, 23 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF).

Operação Saqueador

A Operação Saqueador, deflagrada em outubro de 2013, teve como objetivo aprofundar investigação que apura desvio de recursos públicos. Foram cumpridos, à época, 20 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás, envolvendo sede e filial da Delta, seu controlador e pessoas relacionadas ao suposto esquema criminoso.

As investigações apontaram fortes indícios de transferências milionárias de recursos da empresa de engenharia para sociedades de fachada, possivelmente desviados de obras públicas.

O trabalho teve origem a partir do envio de documentação pela Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada no ano de 2012 para investigar organização criminosa que atuava em Goiás.