Após fechamento de turmas, CEI da Educação realiza oitiva de gerente do Eaja
22 abril 2019 às 11h30

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“São 200 alunos que terão suas vidas impactadas por uma ação impensada da prefeitura”, diz vereadora

A presidente da Comissão Especial de Inquérito da Educação, vereadora Sabrina Garcez, afirmou nesta segunda-feira, 22, durante a reunião da CEI que a documentação solicitada à prefeitura ainda não foi entregue à Casa. No encontro, também foi realizada a oitiva da gerente de Educação de Jovens e Adultos, Fabiola Correia Moreira.
A vereadora questionou de onde partiu a ordem para fechamento de 20 turmas na modalidade Educação de Adolescentes, Jovens e Adultos (Eaja), além de questionar a realização deste reordenamento durante o período letivo. “Fomos informados de que não houve diálogo e os professores foram avisados somente na véspera do fechamento”, disse Sabrina.
“O Eaja não deveria trabalhar para diminuir a evasão? São 200 alunos que terão suas vidas impactadas por uma ação impensada da prefeitura”, questionou a parlamentar.
Segundo a gerente de Eaja, a decisão foi tomada com base em relatórios feitos pela diretoria pedagógica e diretoria de administração escolar. “Foi uma decisão em conjunto após os resultados do estudo de rede realizado em 2018″, disse. Ela também afirmou que o reordenamento pode acontecer a qualquer momento durante o ano letivo.
Fabiola alegou que muitas salas não tinham alunos, apresentavam estruturas físicas precárias e sem a frequência adequada, o que ocasionou a necessidade de reordenamento. Sabrina questionou a decisão, uma vez que a maioria das turmas foram abertas próximas e atém mesmos nos locais de trabalho dos alunos, que tiveram seu horário de trabalho compatibilizados para viabilizar o estudo destes alunos.
“Visitei salas que foram criadas no ambiente de trabalho desses trabalhadores, como UFG e Comurg, e aí a prefeitura faz o fechamento dessas turmas alegando a questão do espaço, isso me parece um contrassenso. Pois os alunos estavam aprendendo nessas salas. Muitos alunos inclusive continuam utilizando esses espaços independentes do Eaja”, pontuou Sabrina.
Reordenamento
O vereador Fábio Zander questionou a gerente do Eaja em relação a uma portaria sobre a modulação que teria sido feita após o fechamento das turmas. Segundo o texto, as salas de extensão não precisariam respeitar as regras para modulação, prejudicando os professores e contrariando as regras da própria Secretaria Municipal de Educação.
“A senhora alega que não tem conhecimento de uma portaria que afeta diretamente a gerência de sua atuação?”, disse o vereador em tom de indignação. Zander disse ainda que falta comunicação na pasta.