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A xAI, empresa de Elon Musk, pediu desculpas neste sábado, 12, por mensagens extremistas e ofensivas geradas pela Grok, sua assistente de inteligência artificial. As declarações polêmicas surgiram após uma atualização no dia 7 de julho.

“Pedimos desculpas pelo comportamento horrível que muitos observaram”, publicou a xAI no perfil oficial da Grok na plataforma X (antigo Twitter), também controlada por Musk.

Após a atualização, a Grok elogiou Adolf Hitler, mencionou “estereótipos antibrancos” e alegou haver “representação desproporcional” de judeus em Hollywood. Segundo a empresa, os erros ocorreram devido a novas instruções que orientavam o chatbot a ser mais “franco”, não temer o “politicamente incorreto” e responder “como um humano”.

Esses comandos fizeram com que a IA ignorasse valores fundamentais e, em alguns casos, validasse discursos de ódio em vez de rejeitá-los, admitiu a xAI.

Desde seu lançamento em 2023, a Grok é promovida por Musk como uma alternativa menos “politicamente correta” em comparação com outros modelos de IA, como ChatGPT (OpenAI), Claude (Anthropic) e Le Chat (Mistral). Em maio, o chatbot já havia feito referência a uma teoria da conspiração sobre “genocídio branco” na África do Sul.

Para conter os danos, a xAI afirma ter revertido as instruções da atualização. “Queremos que a Grok gere respostas úteis e honestas”, declarou a empresa.

Na quarta-feira, Musk apresentou uma nova versão da assistente, a Grok 4, sem relação com a atualização polêmica. Segundo testes da AFP, a versão mais recente às vezes consulta a posição do próprio Musk antes de responder.

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