Após críticas, Itamaraty se pronuncia sobre desaparecimento de brasileira na Indonésia
Giovanna Campos
23 junho 2025 às 13h46
COMPARTILHAR
Juliana Marins, brasileira que estava desaparecida desde a madrugada de sábado, 21, após um acidente no Monte Rinjani, na Indonésia, foi localizada pelas equipes de resgate. A informação foi confirmada pela família neste domingo, 22. No entanto, as operações de resgate foram temporariamente suspensas por conta das condições climáticas adversas, que tornam a descida extremamente perigosa.
Ela fazia uma trilha com o apoio de uma empresa de turismo quando sofreu uma queda de aproximadamente 300 metros. Nesta segunda-feira, 23, a família informou que Juliana foi localizada no interior do calor do vulcão. Duas orientações, com equipamentos específicos, estão a caminho do ponto onde ela está. As equipes já conseguiram descer cerca de 350 metros na borda do vapor, mas ainda estão a aproximadamente 250 metros do local onde a brasileira se encontra.
Ainda não há informações detalhadas sobre o estado de saúde da brasileira, mas as equipes de resgate atuam no socorro. O Monte Rinjani, localizado na ilha de Lombok, é o segundo vulcão mais alto da Indonésia e bastante procurado por turistas e aventureiros.
A situação tem sido acompanhada com apreensão pela família de Juliana, que recebeu, no fim de semana, um vídeo que alegava mostrar o resgate da jovem, mas o conteúdo era falso. A divulgação gerou ainda mais tensão.
O Itamaraty acompanha o caso e tenta intermediar a comunicação com as autoridades indonésias. As informações sobre a operação de resgate estão sendo centralizadas pelo governo local, o que tem dificultado o fluxo de dados para o governo brasileiro. A embaixada da Indonésia no Brasil ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.
Nota Itamaraty
Equipes do Agência de Busca e Salvamento da Indonésia iniciaram há pouco o terceiro dia do esforço de resgate de turista brasileira no Mount Rinjani (3.726 metros de altura), vulcão localizado na ilha de Lombok, a cerca de 1.200 km de distância de Jacarta. De acordo com informações recebidas pela equipe, a turista teria caído de um penhasco que circunda a trilha junto à cratera do vulcão.
Desde que acionada pela família da turista, a embaixada do Brasil em Jacarta mobilizou as autoridades locais, no mais alto nível, o que permitiu o envio das equipes de resgate para a área do vulcão onde ocorreu a queda, em região remota, a cerca de quatro horas de distância do centro urbano mais próximo. O embaixador do Brasil em Jacarta entrou pessoalmente em contato com Diretor Internacional da Agência de Busca e Salvamento e com o Diretor da Agência Nacional de Combate a Desastres da Indonésia, e tem recebido das autoridades locais os relatos sobre o andamento dos trabalhos. Dois funcionários da embaixada deslocam-se hoje para o local com o objetivo de acompanhar pessoalmente os esforços pelo resgate, que foi dificultado, no dia de ontem, por condições meteorológicas e de visibilidade adversas.
O Ministro das Relações Exteriores, em nome do governo brasileiro, também iniciou contatos de alto nível com o governo indonésio com o objetivo de pedir reforços no trabalho de buscas na cratera do Mount Rinjani.
