Apesar do 13° atrasado, motoristas do transporte coletivo garantem que não haverá paralisação
28 dezembro 2020 às 11h59

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Categoria cumprirá acordo firmado com TRT e, em contrapartida, espera que Tribunal atue de maneira enérgica contra empresas que não estão cumprindo com suas obrigações em relação aos profissionais

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo (Sindicoletivo), Sérgio Reis de Araújo, conversou com a reportagem do Jornal Opção na manhã desta segunda-feira, 28, onde adiantou que os profissionais não deverão participar de uma nova paralisação em decorrência do não pagamento do 13° salário e da cesta de natal.
De acordo com Reis, os trabalhadores devem manter o que foi acordado junto ao vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), desembargador Daniel Vieira Jr.
“Cumpriremos nossa palavra e não daremos início a qualquer tipo de ato grevista. Em contrapartida, esperamos que o Tribunal também cumpra com sua palavra ao agir de maneira enérgica contra as empresas que não estão cumprindo com a suas obrigações em relação a nós, profissionais”, disse o presidente.
Segundo Reis, os motoristas do transporte coletivo repudiam o possível parcelamento da segunda metade do 13° salário, haja vista que todos estão “sem dinheiro” e “contando com esse recurso para pagarem suas contas”.
Na interpretação do grupo, as empresas possuem plena condição de arcar com essa despesa, no entanto, encontraram nisso — a consequentemente revolta da categoria — “uma forma eficaz de pressionar os governantes a liberarem recursos para as empresas transportadoras”, considerou o presidente do sindicato.
A categoria estima que o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Goiânia (SET) deva recorrer da decisão assinada pela juíza substituta do Trabalho, Virgilina Severina dos Santos, que terminou o pagamento dos valores atrasados em um prazo de 48 horas a contar a partir da última sexta-feira, 25.
À reportagem, o presidente do SET, Adriano Oliveira, declarou que os responsáveis ainda não foram notificados sobre a decisão.