Apesar de terem sido promovidos em setembro, militares seguem sem ‘diferença salarial’
18 março 2019 às 11h29

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Presidente da Unimil afirma que governo recuou na tributação das horas extras e que busca por negociação de outras demandas continua

O presidente da Associação União dos Militares de Goiás (Unimil) e vereador por Goiânia, Cabo Senna, falou ao Jornal Opção sobre a atuação do Fórum das Entidades para garantir o pagamento da promoção de setembro de 2018 aos integrantes das forças policiais, fim da tributação das horas extras, conhecidas como AC4, e pagamento dos salários de dezembro.
“Fizemos um fórum com representantes da Segurança Pública para acompanhar a questão do pagamento dos salários de dezembro e realizarmos ações para chamar a atenção do governo para questões importantes da categoria. Iniciamos esse diálogo e, devido à dificuldade do Estado, o governo pediu um voto de confiança”, disse o Cabo Senna.
No entanto, segundo o presidente da Unimil, as entidades não concordam com o escalonamento em seis parcelas, pois os integrantes das forças policiais dependem dos salários para o sustento de suas famílias. “Por isso impetramos mandados de segurança, sendo que muitos deles já estão em andamento. Estamos cobrando judicialmente e aguardando os trâmites para acionar o governo. Esperamos que o pagamento seja efetuado o mais rápido possível”, pontuou.
Sobre o pagamento da diferença salarial decorrente da promoção, ocorrida em setembro de 2018, Cabo Senna relatou que já conversou pessoalmente com o secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, e ele teria sinalizado que a prioridade da gestão estadual é, primeiramente, pagar os salários atrasados.
“Foram promovidos em setembro de 2018, e a diferença salarial era esperada para o mês subsequente. No entanto, a gestão anterior emitiu uma circular falando que só pagaria a partir de dezembro. Já o novo governo assumiu com dificuldade no caixa e também não regularizou essa diferença de graduação. Com isso, somamos seis meses sem esses valores”, relatou Senna.
Segundo o representante da Unimil, em reunião da Junta de Programação Orçamentária e Financeira (Jupof), foi tratada a questão do pagamento das promoções e também a tributação da AC4. “O governo recuou e decidiu que não iria tributar a AC4, mas em relação à promoção nada foi decidido”, explicou.
“Não se manifestaram sobre essa situação que se arrasta há meses e isso causou certa indignação na categoria. A falta de posicionamento desanima a Segurança Pública que está trabalhando com todo o gás acreditando no governo. Temos resultados para apresentar, os índices criminais apontam isso”. Para finalizar, Senna garantiu que a Unimil irá mais uma vez vai ao governo para cobrar um posicionamento sobre o pagamento das promoções.
