COMPARTILHAR

Presidente do Sintego diz que fim da mobilização dependerá dos próximos passos do governo. Secretária explica que matéria apresentada na Assembleia pode resolver situação e ressalta prejuízo que interrupção pode trazer a estudantes

Presidente do Sintego, Bia de Lima afirma que categoria manterá greve até que governo discuta reivindicações apresentadas pelo sindicato | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

[relacionadas artigos=”209125″]

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Goiás (Sintego), Bia de Lima, confirmou que a categoria decretou estado de greve ao fim da tarde desta terça-feira, 10, após aprovação em primeira votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Educação, que inclui o orçamento da UEG nas despesas com educação básica.

Segundo a presidente, o fim da paralisação vai depender de o governo aceitar as reivindicações pelo pagamento do piso constitucional, da data-base e a progressão de carreira.

Entretanto, o deputado da base Vinicius Cirqueira (Pros) anunciou hoje uma PEC que retira a Educação do teto de gastos. A matéria resolveria as reivindicações da categoria, já que liberaria o governo para investir. O Estado foi alertado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre o risco de ultrapassar o teto de gastos até o fim do exercício de 2019.

“Foi uma articulação nossa com o deputado e estaremos acompanhando”, disse Bia ao Jornal Opção. Ainda assim, a categoria resolveu declarar o estado de greve.

A secretária de Estado da Educação, Fátima Gavioli, afirmou à reportagem que ainda não recebeu nada oficial sobre a greve. “Mas espero de coração que isso não ocorra devido ao tamanho do prejuízo que isso representa, ainda mais nesta altura do ano letivo”, disse.

Segundo a titular, a PEC de Vinicius Cirqueira (Pros) vai resolver a situação. “Porque o que impede o governo de cumprir essas medidas é justamente a emenda 54, que determina o teto de gastos. Tomara que isso dê certo, porque nós queremos resolver a situação com a Educação. Mas por ora, não temos legalidade para isso”, afirmou.