Aparecida de Goiânia está desenvolvendo o Projeto de Recuperação e Monitoramento das Nascentes da cidade. O objetivo é fazer a preservação do solo e dos recursos hídricos, além de proporcionar qualidade de vida aos aparecidenses. O prefeito Leandro Vilela (UB) assinou o Termo de Cooperação com a Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás) nesta terça-feira, 18, no Viveiro do Cerrado.

Leandro Vilela explicou que o levantamento vai ajudar a reconhecer as nascentes existentes na cidade e saber a real situação que elas se encontram. A partir disso serão alinhados os serviços que serão desempenhados no local para ajudar na recuperação e manutenção das minas. Um dos serviços será o reflorestamento desses locais com as mudas produzidas no próprio Viveiro do Cerrado. A cidade tem fortalecido essa produção em parceria com uma empresa privada. Neste ano, mais de 3 mil mudas foram criadas no espaço das mais variadas espécies.

“É o início de um projeto que será permanente e que poderá trazer muitos resultados nessa área. Nós temos mananciais em Aparecida que foram agredidos ao longo do tempo por essa falta de cuidado. Agora, além de melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, isso também ajudará a minimizar riscos, principalmente nos períodos chuvosos”, destaca. 

Leandro destaca ainda que, apesar da assinatura da parceria com a PUC Goiás ter sido realizada nesta terça, o trabalho de preservação de nascentes já vem sendo desenvolvido e que, agora, busca recursos junto aos governos estadual e federal para mais investimentos na área ambiental da cidade.

“Já estamos recuperando nascentes e mananciais. Nós vamos transformar o Parques e Jardins, no Setor Serra Dourada, em um parque. Estamos, inclusive, com um outro projeto com a PUC Goiás da urbanização de outro parque. Desta vez, no Colina Azul. Estamos recuperando erosões e pontos que, por falta de manutenção, apresentam problemas. Pelo fato da cidade ser orgânica, o trabalho será permanente e vamos planejar ainda mais para buscar uma melhor eficiência e também novos parceiros para trazer recursos para a gente fazer o que precisa ser feito”, destaca. 

Educação ambiental

O professor da Escola Politécnica da PUC Goiás, Felipe Corrêa, explica que o trabalho de monitoramento é algo a longo prazo e terá como um de seus alicerces a educação ambiental de alunos da rede municipal. Segundo ele, ao ser identificado uma nascente e saber a situação em que se encontra, será identificado qual o Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) mais próximo e trazer alunos, pais e a comunidade como um todo para adotar essa nascente.

“Assim que houver a adoção dessa nascente, nós vamos fazer um reflorestamento da área degradada com as espécies produzidas pelo viveiro da cidade e vamos acompanhar a evolução dessa espécie plantada. Essa interação com a sociedade é muito importante e nós temos os parâmetros técnicos para verificar o que está melhorando naquela área e, os resultados que não estiverem satisfatórios, a gente busca refazer alguma ação”, destaca.

Ele conta que há uma nascente já identificada na cidade, que fica na Vila Mariana. O local, segundo ele, estava com muito entulho e tinha até carcaça de animais mortos próxima dessa mina d’água. Depois do serviço de limpeza realizado pela prefeitura, essa nascente receberá o plantio de vários exemplares. Os alunos do curso de Agronomia irão acompanhar o processo de identificação de quais espécies do Cerrado serão plantadas, respeitando a particularidade de cada nascente.

A coordenadora do curso de Agronomia da PUC Goiás, Martha Nascimento, pontua que são cerca de 120 alunos envolvidos no projeto, que terá uma característica de expansão dos estudantes da universidade. Para ela, é muito importante que o poder público tenha recorrido à academia para ajudar a mitigar problemas na sociedade.

“A ideia é justamente essa: que a universidade traga para a sociedade civil o que produz. Conhecimento que vai transformar as condições de vida da população. Os impactos sociais disso são muito grandes. A garantia de água, a garantia de melhoria da qualidade da água disponível, por exemplo. Isso é muito gratificante. E, para nós, o nosso estudante qualifica a sua formação e garante a consolidação do seu perfil de habilidades e competências que o profissional da agronomia vai exercer quando formado”, destaca. 

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