Cunha chora ao dizer que é vítima de perseguição e lamenta ataques a esposa
07 julho 2016 às 14h22

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Confira a íntegra da carta de renúncia lida pelo ex-presidente da Câmara em coletiva de imprensa nesta quinta (7)
Em um discurso emocionado, o agora ex-presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha (PMDB) afirmou, em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (7/7), que resolveu ceder os “apelos generalizados” de seus apoiadores e renunciar à presidência da Casa.
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Eduardo Cunha chegou no início da tarde pela chapelaria da Câmara, passou na Secretaria-Geral da Mesa e marcou a entrevista à imprensa no Salão Nobre da Casa, apesar de ter sido autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a circular na Câmara apenas para se defender do processo de cassação no Conselho de Ética ou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
“É público e notório que a Casa está acéfala, fruto de uma interinidade bizarra, que não condiz com o que o País espera de um novo tempo após o afastamento da presidente da República. Somente a minha renúncia poderá por fim a essa instabilidade sem prazo. A Câmara não suportará esperar indefinidamente”, alega o peemedebista na carta.
Cunha também disse que sofre perseguições, sobretudo por conta do impeachment de Dilma, e reiterou que vai provar sua inocência em todos os inquéritos.
Com a voz embargada e segurando o choro, Cunha continua: “Quero agradecer especialmente a minha família, de quem os meus algozes não tiveram o mínimo respeito, atacando de forma covarde, especialmente minha mulher e minha filha mais velha. Usam a minha família de forma cruel e desumana visando me atingir”.

