Urutau, quatis, macacos guaribas e lontras voltaram a ‘dar as caras’ no Parque Lagoa Vargem Bonita, localizado no Setor Sítio de Recreio Mansões do Campus. A recuperação dos 33,4 mil metros quadrados da Área de Preservação Permanente (PPA) é o principal motivo para o reaparecimento de animais silvestres no parque.

Nos últimos quatro anos, mais de 2 mil novas mudas de árvores foram plantadas e fortaleceram as ações de recuperação da área verde. Desde 2018, foram plantadas nove mil mudas que recebem manutenção periódica e substituição quando necessário. Entre as espécies que foram plantadas, destacam-se as mudas de árvores nativas do Cerrado, entre elas embaúba, sangra-d´água e pau-formiga, como no caso em volta da lagoa, que dá nome ao parque.

O presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), Luan Alves, conta que o local é frequentado por um público diferente de outros parques. “Lá, os frequentadores não vão em busca de usufruir de mobiliários urbanos e academia. O que existe neste parque, com muita fartura, é verde, muitos bichos como aves e mamíferos, pista de caminhada em terra e pista de ciclismo. Nada de cimento para atrapalhar o desenvolvimento das raízes das árvores”

Fiscalização

“A lagoa tinha um grande volume de água, que atraía muitas aves aquáticas, mas, devido ao fato de alguns moradores utilizarem o espaço para pastagem de gado, isso compactou o solo em volta da lagoa, com o pisoteio dos animais no passado. Isso resultou na diminuição de água”, avalia a bióloga e assessora técnica da Superintendência de Gestão Ambiental e Licenciamento da Amma, Wanessa Castro.

De acordo com o presidente da Amma, Luan Alves, a entrada de gado no parque é proibida. “A fiscalização acompanha e monitora o local. Se constatada a infração, o proprietário é autuado e o gado apreendido. Há sempre alguns que insistem em deixar os animais soltos”, considera o superintendente de Gestão Ambiental e Licenciamento da Amma, Ormando Pires.

As ações no Parque Lagoa Vargem Bonita contam também com a participação de entidades e moradores do setor. “Há um servidor da Amma trabalhando exclusivamente dentro do parque, onde ele acompanha todas as ações dos frequentadores, inclusive havendo necessidade de advertência por mau uso de alguma área. Ele também acompanha o desenvolvimento das árvores plantadas”, conta Ormando.

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