O técnico da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti, afirmou nesta segunda-feira, 13, que Neymar ainda faz parte dos planos da equipe, mas ressaltou que o atacante precisa recuperar totalmente a forma física para ser convocado novamente. Aos 33 anos, o camisa 10 não veste a amarelinha há dois anos. Desde o retorno ao Santos, após passagem pelo futebol da Arábia Saudita, o jogador tem sofrido com lesões que dificultam sua sequência em campo.

Em entrevista coletiva antes do amistoso contra o Japão, que será disputado nesta terça-feira, 14, em Tóquio, Ancelotti destacou o talento de Neymar, mas enfatizou que o desempenho físico é determinante. “O Neymar pode jogar em seu mais alto nível nesta equipe sem nenhum problema. Quando está em boas condições físicas, ele tem qualidade para atuar não apenas no Brasil, mas em qualquer time do mundo, por causa do seu talento”, afirmou o treinador.

Ancelotti também reforçou que o craque teria espaço na equipe atual, desde que volte à melhor forma. “É verdade que o Neymar vem jogando seguidamente pelo Santos, e sobre a pergunta se ele teria espaço nesse Brasil de hoje, a resposta é sim, desde que esteja em boas condições físicas. Ele se encaixa perfeitamente na equipe atual.”

A última partida de Neymar pela Seleção foi em outubro de 2023, quando sofreu uma grave lesão no joelho durante jogo das Eliminatórias. Desde então, o atacante tenta retomar o ritmo ideal.

O Brasil chega ao amistoso contra o Japão embalado pela goleada de 5 a 0 sobre a Coreia do Sul, na última sexta-feira, 10, que consolidou o estilo ofensivo da equipe. Apesar do bom momento, Ancelotti ressaltou a importância do equilíbrio tático. “A Seleção quer jogar um futebol bonito, e pode jogar, mas depende do que se entende por ‘jogo bonito’. É preciso jogar bonito com a bola e também sem a bola. Esse é um aspecto muito importante.”

Desde que assumiu o comando em maio, o técnico italiano soma três vitórias, um empate e uma derrota, com apenas um gol sofrido, de pênalti, contra a Bolívia, e nove marcados.

Na vitória sobre a Coreia, Ancelotti escalou um quarteto ofensivo com Vinicius Jr., Rodrygo, Matheus Cunha e Estêvão, evidenciando a aposta em um futebol agressivo e criativo. “Comprometimento e trabalho em equipe são essenciais. Jogar bonito é importante, mas o mais importante é vencer”, concluiu o treinador.

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