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Amigo de longa data de Jair Bolsonaro, o coronel Ricardo Augusto de Mello Araújo, vice-prefeito de São Paulo, visitou o ex-presidente na última terça-feira, 26, e não gostou nada do que viu.

À coluna da jornalista Mônica Bérgamo, da Folha de S. Paulo, Mello Araújo contou que Bolsonaro está triste, emotivo por causa “das muitas injustiças” contra ele e emagreceu 3 kg desde que foi submetido à prisão domiciliar.

O militar também criticou o que chamou de disputa “pelo espólio antes de ele [Bolsonaro] morrer”, se referindo à pressão do meio político para que o ex-presidente defina um nome para apoiar em 2026, uma vez que ele mesmo está inelegível.

“Estão enterrando o Bolsonaro vivo”, afirmou à coluna de Bérgamo.

A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro foi decretada no início do mês, dia 4 de agosto. Segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), a medida foi tomada diante do descumprimento de medidas cautelares já impostas pela Corte.

Autor da decisão, o ministro Alexandre de Moraes apontou que a publicação nas redes sociais de falas feitas por Bolsonaro, pelo telefone, durante manifestações bolsonaristas demonstrou que “houve a continuidade da tentativa de coagir o STF e obstruir a Justiça”.

Vale destacar que o ex-presidente da República é réu pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

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