Agenor Mariano: “Antes de definir candidatos, PMDB precisa oferecer estrutura”
10 julho 2016 às 16h34

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Vice-prefeito se colocou à disposição do partido para concorrer à Prefeitura de Goiânia, mas apresenta ressalvas e cobra organização pela legenda

Em reunião no último sábado (9/7), o PMDB apresentou três nomes como alternativas para concorrer à Prefeitura de Goiânia pelo partido, depois que o ex-governador Iris Rezende saiu oficialmente da disputa, anunciando sua aposentadoria política.
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Uma das três opções apresentadas pela legenda é o vice-prefeito Agenor Mariano. Em entrevista ao Jornal Opção neste domingo (10), ele confirmou que seu nome está à disposição do PMDB, mas apresenta ressalvas.
Segundo ele, o PMDB deve primeiro apresentar aos seus possíveis candidatos condições estruturais para ganhar as eleições. Agenor explica que, com a reforma eleitoral válida para este ano, a responsabilidade de fazer com que a candidatura se viabilize deve ser compartilhada com a legenda. “PMDB ainda não disse o que ele pode fazer para uma campanha em Goiânia. Para mim, neste momento, o que menos importa é quem será o candidato.”
“Além disso, como pessoa física, não tenho economicamente condições de ser candidato, mas não é o candidato que tem que ficar procurando isso. O partido tem que ser organizado”, acrescenta.
Para tanto, Agenor Mariano acredita que o partido terá que amadurecer o diálogo em torno das possibilidades apresentadas e definir o melhor nome, mas sem antes atestar as próprias condições.
Agenor também não descarta a possibilidade de aliança com candidatos de outras legendas, mas, para ele, este não é o momento para tal discussão. “Afinal, temos três bons nomes. Isso nem deve ser colocado em pauta agora”, afirma.
Sobre a aposentadoria de Iris Rezende, Agenor garante, assim como tem feito grande parte dos peemedebistas, que a decisão do decano é irreversível. Fora isso, para ele, sem Iris, a eleição “se abre” e nenhum nome se mantém consolidado.
Vice candidato
Caso as conversações no PMDB indiquem o nome de Agenor Mariano como a melhor escolha para concorrer às eleições deste ano, um curioso cenário será armado: desafeto anunciado do prefeito Paulo Garcia (PT), o vice não contaria com o apoio ou estrutura da administração. Ao invés disso, possivelmente adotaria um discurso de oposição à atual gestão e acabaria sendo apontado como infiel pelos adversários.
O peemedebista, entretanto, parece não se importar com o cenário apresentado. Agenor lembra que, antes de ser vice-prefeito, ocupou o cargo de secretário de Administração na gestão do ex-prefeito Iris Rezende e, segundo ele, pôde “presenciar o sucesso e o fracasso da administração pública”.
“Vai ficar muito mais fácil debater a cidade. Afinal, conheço a cidade do ponto de vista do sucesso e do insucesso. Conhecer ambos os lados é importante. Fui secretário em uma das administrações mais bem avaliadas da história de Goiânia. Hoje como vice-prefeito, experimentei a aprovação e a desaprovação”, finaliza Agenor.