Goiás registrou 63 ocorrências de afogamentos nos primeiros cinco meses deste ano – uma média de 12 vítimas por mês. No mesmo período do ano passado, o número de acionamentos chegou a 62. Apenas neste mês de junho, o Corpo de Bombeiros contabilizou quatro ocorrências.

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Dois dos afogamentos ocorreram no último sábado, 15, quando uma criança, de 5 anos, e uma adolescente de 12, precisaram ser resgatadas devido a entrada de líquido nas vias aéreas. A criança foi resgatada em Quirinópolis após cair em um tanque de peixes de uma fazenda e, então, encaminhada à uma unidade hospitalar.

A adolescente, por outro lado, se afogou em uma cachoeira do Rio Saia Velha, em Luziânia, no mesmo dia em que completou 12 anos. O corpo da jovem foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros a cinco metros de profundidade e a cerca de dez metros da margem do rio.

“O afogamento é a segunda principal causa de morte de crianças de até 10 anos. A maior parte dos afogamentos, inclusive, são de crianças. Esses afogamentos ocorrem na maior parte pelo descuido da família”, explicou o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Luiz Eduardo Lobo. 

O bombeiro afirma que as principais causas da mortalidade infantil por afogamento, além do descuido, é a falta de proteção, como telas em piscinas residenciais e o uso do colete. Em relação aos adultos, Luiz associa o álcool como o fator predominante nas ocorrências aquáticas. 

A embriaguez afeta o corpo, diminuindo os reflexos, o que prejudica a movimentação dentro da água e até mesmo a condução de veículos aquáticos. 

“A maioria dos adultos que se afogam são homens. Os homens, no meio líquido, deixam de observar muitas das regras de segurança. Eles deixam de utilizar o colete salva-vidas, tentam atravessar rios sem a capacidade para a atividade”, contou. 

Temporada Rio Araguaia 

Com a temporada do Rio Araguaia se aproximando, a preocupação da corporação tende a aumentar, de acordo com o tenente-coronel. Os bombeiros vão contar com um efetivo de 380 profissionais distribuídos em nove cidades ao longo do rio – um aumento de 30% em relação ao ano passado. 

Luiz, no entanto, afirma que é necessário que os banhistas adotem medidas de prevenção para evitar afogamentos não só nas férias, mas durante todo o ano.

“Orientamos procurar locais supervisionados por profissionais habilitados, o que já diminui as chances de afogamento. Se for fazer o uso de alguma embarcação, procure não ingerir bebidas alcoólicas e, se for o caso, contrate uma pessoa habilitada. A pessoa jamais deve saltar no meio líquido de ponta devido ao potencial risco de acidentes”, concluiu.